Cada vez mais a pauta sustentabilidade têm sido prioridade em todos os aspectos da vida, inclusive na arquitetura e na decoração. Hoje quando se pensa em construir, reformar ou fazer apenas uma pequena mudança no espaço, a ideia de reaproveitar a maior parte dos acabamentos e objetos que já estão ali, é uma maneira de economizar material, dinheiro e, o mais importante, preservar o meio ambiente.

Outra questão que vêm sendo bastante levantada, é a história que sua morada traz e como preservá-la também é importante. Quem não se lembra do piso de madeira da casa da mãe? Ou o piso de cimento avermelhado da cozinha da avó? Os materiais podem nos levar à boas recordações e momentos… Foi pensando nisso que resolvi te mostrar como restaurar cinco tipos de pisos antigos!

ARDÓSIA

Quem nunca entrou em um hall de prédio antigo e sentiu aquele “geladinho” vindo do piso acinzentado? rsss Pois bem, a ardósia é uma rocha metamórfica composta por por argila ou cinzas vulcânicas, muito comum aqui no Brasil! Um dos maiores polos de extração da pedra fica em Mina Gerais, que é encontrada com facilidade e, portanto, tem baixo custo.

Por mais que seja comum encontramos a ardósia nas cores cinza e verde, no mercado podemos encontrar a variação de ferrugem, roxo e vinho. A durabilidade da pedra é enorme, ela pode ser aplicada em fachadas, pisos, paredes internas e até bancadas.

Na hora de restaurar seu piso de ardósia, será necessária uma limpeza mecânica com feltros, um polimento para nivelamento do piso e, depois disso, aplicação de uma resina acrílica ou epóxi para impermeabilizar. A manutenção da pedra é simples, uma limpeza com detergente PH neutro já resolve!

ASSOALHO

Um dos pisos que mais duram e ainda podemos encontrar em apartamentos e casas antigas é o assoalho, que são réguas de madeira maciça com espessuras e tamanhos diferentes.  Para quem gosta da sensação de continuidade no espaço, é uma ótima opção prolongar a vida útil do piso (que já é enorme).

Para isso, é necessária uma raspagem no piso, dependendo da situação, às vezes só o polimento já resolve, e em seguida a impermeabilização com resina, selador e verniz a base de água, de preferência. A manutenção é feita com detergente neutro para uso em poliuretano, mesmo sendo uma material específico, é fácil de achar no mercado.

GRANILITE

Esse piso nostálgico esteve presente em muitas casas e halls de prédios na década de 40 no Brasil e voltou com tudo no décor, já fiz um post dele AQUI. O granilite é uma base cimentícia com adição de grânulos de minerais, como quartzo, granito, mármore.

A composição é super durável, mas caso precise, o restauro desse material é feito por empresas especializadas, já que é necessária uma limpeza geral e polimento com abrasivos diamantados. Depois disso, é feita a impermeabilização com seladora e cera acrílica. Para manter sua superfície de granilite em bom estado, a limpeza com detergente neutro é o indicado.

LAJOTA CERÂMICA

Por volta das décadas de 40 e 50, um dos produtos mais populares nas indústrias de cerâmica era a lajota cerâmica quadrada, lembrada principalmente na cor vermelha ou naquele tom alaranjado. Seu sucesso se deu pelo preço, que é bem acessível e também pela sua alta resistência em ambientes externos. Em residências mais antigas, é comum vermos o piso nas garagens e jardins, pois ele tem uma textura na superfície que dificulta o deslizamento.

Como tudo vai e volta, a lajota cerâmica têm aparecido em projetos rústicos e vintages, e têm sido bastante restaurada nos últimos anos. O processo de restauro dela é tão fácil quanto sua manutenção: é feita uma limpeza com cremes e detergentes e, em casos mais graves, faz o polimento; a impermeabilização é necessária apenas em casos estéticos, que aí são usadas ceras seladoras ou um acabamento acrílico; e para limpar, detergente neutro simples.

TACO

Para finalizar, um dos pisos mais queridinhos no décor: o taco! Quando os portugueses vieram para o Brasil, uniram suas técnicas de como utilizar a madeira com a dos índios, usando principalmente o pau-brasil, que era desconhecido no exterior. Além dele, exploraram o jatobá, maçaranduba, carvalho, ipê e muitas outras; e essa mistura que tem origem lá no Brasil colônia, teve seu auge nos anos de 50 à 70 com “a volta” dos tacos.

O taco é uma pequena placa retangular aproveitada de sobras de madeira, com uma grande espessura que permite que o material dure bastante. Além disso, existe uma grande variedade na tonalidade das madeiras que dá asas à imaginação na hora de paginar o piso, um dos motivos pelo qual os decoradores o adoram!

A restauração e manutenção do taco é a mesma do assoalho: raspagem, resina, seladora, verniz e limpeza com detergente neutro para uso em poliuretano. Porém, quando você tem apenas algumas peças que já estão comprometidas, você pode adquirir novos tacos e trocar apenas o necessário. Já existe hoje no mercado lojas que fabricam taco ou lugares que recolhem em casarões antigos o material em bom estado para reuso, demais né?

Esse é um conteúdo feito pelo Casa de Valentina com apoio da OMA, que na nossa opinião é a melhor empresa para cuidar do seu imóvel ;-)

Fontes: Utidopiso.com.br, Followthecolours.com.br, Hometeka.com.br, Parquetsp.com.br, Dicadaarquiteta.com.br, Tuacasa.com.br, Telhanorte.com.br

Imagens: Pinterest.com, Builddirect.com, Bloglovin.com, Martinmoore.com, Tuacasa.com.br, Parquetsp.com.br, Brasiltropicalpisos.com, Manualdaobra.com.br, Fotos.habitissimo.com.br, Rusticosdelfavero.com.br, Vivadecora.com.br, Jornalnh.com.br, Uol.com.br