Imagina o seguinte: um apartamento com mais de 10 cores e obras de arte por todos os cantos. Esse é o Open House de hoje com o Rodolpho e da Paula, um casal superinteressante e sua casa, idem!
A relação entre a designer Paula Rivolta e o prédio de 1976 no bairro paulistano Itaim Bibi é de longa data. Durante sua vida, ela e alguns familiares moraram em outras unidades, enquanto seus avós viviam no apê que, tempos depois, ela escolheu para fixar residência com seu esposo, o empresário e artista plástico Rodolpho Rivolta, do R2 Art Lab.
A morada reflete bem o casal e, antes de qualquer coisa, preciso dizer: que dupla simpática e divertida! Rodolpho e Paula têm olhares minuciosos para tudo que envolve arte e deram vida aos cômodos, onde eles mesmos pensaram em cada detalhe. Antes a planta de 80m² era toda compartimentada e, de acordo com suas prioridades, eles optaram por demolir um dos dois dormitórios, integrando-o com a área social que abriga hoje o estar, jantar e um escritório, e ficou ampla e iluminada.
Adoro desbravar lugares com soluções fora da caixa e te pergunto: quantas vezes já escutou que cores vibrantes diminuem os ambientes e que são fáceis de enjoar? Pois bem, o ponto alto dessa casa é simplesmente um jogo de 12 cores que percorrem paredes e teto, junto às inúmeras obras de arte que a dupla garimpa em feiras e viagens. Hall de entrada vermelho, salas rosa e cinza, cozinha amarela, corredor azul e um quarto com teto colorido. Rodolpho e Paula fazem experimentações e intervenções o tempo todo sem medo algum de ousar! A qualquer momento eles repintam algum cômodo, mudam um móvel lugar e criam novas peças, dando vida à cantinhos personalizados e recheados de memórias.
Acredito que esse carinho especial entre eles e o lar não poderia ter um resultado diferente: a casa do Rodolpho e da Paula foi, é, sempre será e só pode ser do Rodolpho e da Paula! Vale muito a pena assistir o vídeo acima com o tour completo e conferir as fotos, para notar como essa decoração descolada e maximalista o traduzem por completo, prezando sempre por se munirem de significados, boas energias e coisas que façam sentido em seu dia a dia ;-)
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Fotos: Rafael Renzo / Divulgação
Nossa, eu amei! A pintura da Praia vermelha está MARAVILHOSA na sala. Morei lá na minha infância (meu pai fazia a escola de comando do estado maior do exército que dica aí). Nunca tinha visto uma pintura dessa praia, que é pequena e linda! Quantos detalhes nesse ap!!! Os olhos da gente não param. Que casa divertida, alegre e aconchegante!!!! Parabéns ao casal e a você, por garimpar isso!
Para além do julgamento estético, que é subjetivo, esse é um belo exemplo do modelo de acumulação (de privilégios, de mercadorias) promovido pelo nosso sistema. Ver um apartamento com tantas coisas me faz me questionar por quem é feita a limpeza dessas obras/objetos, alguns sem dúvida bem caros, pelo próprio casal? Ou por acaso, como é tão comum, por uma empregada doméstica? E a isso segue a questão, seria essa empregada negra e periférica? Acho que todos nós sabemos que as probabilidades são altas nesse sentido. Indo mais além, é muito pouco provável que esse casal cozinhe, só quem cozinha sabe o tamanho da sujeira que se faz em algumas semanas, principalmente quando estamos falando de frituras, refogados, etc. O que isso tem à ver? Bom, não é segredo pra ninguém as condições sub-humanas a que estão sujeitos os entregadores de aplicativo, e as pessoas que trabalham em restaurante, tendo muitos fechado as portas na pandemia, não estão numa situação muito melhor, apesar de ainda gozarem de alguns direitos. Enfim, bonito ou feio, vale à pena?
Nossa Gabriel, fazia tempo que não lia uma mensagem tão estereotipada e carregada de pre julgamentos.
Ainda me surpreende como em pleno 2021, época que tanto se fala sobre empatia uma pessoa que se esconde num codinome (pq aqui a maioria das pessoas se apresenta com o nome completo pois nada têm a esconder, caso vc não tenha notado…) se dá ao trabalho de vir jogar pedras num casal que simplesmente desconhece.
Mas é isso, vc é o classico exemplo do Freud: “Quando Pedro me fala de Paulo sei mais de Pedro do que de Paulo”.
Concordo com o Gabriel. E que triste ver a responsável pela página sequer refletir sobre as críticas – o que dá para entender, pois sequer percebeu o taco de beisebol “direitos humanos”.
Nossa, concordo totalmente com o Gabriel! Essa resposta da Casa Valentina, só prova o ponto dele… Aliás empatia com a elite?? Da mesma elite que não reflete sobre os próprios privilégios e em vez disso, ataca o outro com uma frase pseudo-intelectual, achando que arrasou… Triste. Ainda mais quando claramente esse é o caso dos donos da casa com seu taco de baseball de direitos humanos… asco!
A casa é linda, engraçada, aconchegante e divertida. Personalíssima!
Na minha casa tb tenho muitos objetos de pessoas queridas que não me desfaço. Peguei a moldura de um guarda roupa antigo da minha avó e decorei a coluna de uma parede. Um espelho duplo da penteadeira dos meus tios-avós está no alto (bem no alto mesmo) da parede da sala, uma espada que pertenceu ao meu pai coloquei no corredor com a lança pra baixo (rsrsrs, alguns se assustam), os quadros que minha vó pintava e que só têm valor pra mim ( são inestimáveis) estão por todas as paredes, enfim, minha casa, minha história…
Qto a quem limpa e cozinha na casa essa é uma questão que só aos envolvidos interessa.
Essa discussão toda não é sobre os donos da casa nem sobre os objetos de decoração escolhidos (até pq esse é um site de decoração).
É sobre o olhar de alguém que está realmente muito deprimido e o quanto isso contamina os outros.