Rolou uma “estréia em grande estilo” do Marcelo Salum aqui na Casa Cor de São Paulo, a frase pode até parecer corriqueira e clichê, mas tem tudo a ver com a preocupação do Marcelo em conceituar o espaço. Assim que aceitou o convite em participar da mostra pensou em um espaço que pedisse licença para São Paulo fazendo uma homenagem leve e gostosa para a cidade. 

A trilha sonora da loft foi meticulosamente escolhida para a homenagem, as mantas da cama receberam bordados com letras do Chico Buarque com o mesmo intuito, as almofadas da sala e toalhas da mesa de jantar idem… Conforme eu fui perguntando para ele o motivo das escolhas percebi, que mesmo que involuntariamente, tudo ali fazia parte da mesma trama. O cuidado na escolha dos tecidos, os quadros, o verde do teto, todos os elementos envolviam tanto que a única vontade que eu tinha era a de continuar lá. Enquanto estava no ambiente o que eu mais escutava dos outros era: “ai que vontade de morar aqui”, se essa era a ideia inicial do Marcelo, pimba! Acertou em cheio.

O personagem que o Marcelo usou para criar o espaço foi o alterego do seu escritório, e pensando nele o artista plastico Juliano Aguiar criou uma composição de vários relicários na parede da escada do espaço, Cada relicário leva um objeto que remete a alguém da equipe do escritório, afinal, esse é o alterego do loft né…  

Os tecidos e papel de parede são da Kartsen Décor, por sinal conheci o Marcelo NESSA viagem que fiz a convite da Karsten e a floresta particular criada na sala leva assinatura do Alex Hanazaki.

Fotos: Evelyn Muller