Acho que o que mais me atrai em uma casa onde o cimento queimado se faz protagonista é o misto de história, atemporalidade e caráter que ela inegavelmente exibe. Digo isso porque o concreto é um material que consegue ser, por essência, milenar e atual. Ou seja, ao mesmo tempo em que ele simboliza durabilidade, também é sinônimo de versatilidade e vanguarda. É por essas e outras que sinto um carinho especial pela websérie que estou produzindo em parceria com a Votorantim Cimentos! Para quem chegou agora, este Open House faz parte de um projeto lindo que consegui tirar do papel este ano: mostrar em vídeo lares reais, que guardam memórias entre suas paredes e que fazem uso do cimento queimado de maneira incrível. Preparados? 

A casa da Silvana Amadei é realmente singular. Apesar de contar com uma estrutura bastante brutalista à primeira vista, com concreto aparente em praticamente todos os ambientes, ela consegue transmitir acolhimento de uma maneira supernatural. Grande parte dessa sensação é fruto da mistura equilibrada de materiais e da presença notável da natureza, que pode ser admirada de qualquer canto do living graças às enormes aberturas que dão acesso ao jardim. Mas além dos macetes arquitetônicos, um fato especial carimba neste lar um selo extra de aconchego e familiaridade: a responsável pela decoração foi a Gabriella, sócia da AS Design Arquitetura , que é filha da Silvana. 

“A casa mescla referências, móveis de família, antiguidades e elementos contemporâneos. É uma mistura que respeita muito a história da minha mãe”

O imóvel de 350 m2 fica no Jardim Paulistano, em São Paulo, e foi adquirido pela família em razão de seu imenso potencial. “Minha mãe escolheu a casa por conta da entrada de cobogós”, lembra Gabi. A construção antiga passou por uma reforma completa, que levou boa parte da estrutura abaixo. Porém, o projeto arquitetônico de Sandra Sayeg conservou a passagem com teto de tijolos vazados, além de outros elementos originais. Para compor e trazer um toque contemporâneo aos espaços, a Silvana optou pelo piso de cimento queimado em contraste com painéis e móveis de madeira, que acrescentaram calor e sofisticação à proposta. E é claro que a Gabi fez questão de imprimir a personalidade da mãe em todos os ambientes da morada encontrando lugares de destaque para os objetos de valor sentimental e tesouros de família. Entre as peças mais amadas estão o carrinho de chá de Jorge Zalszupin e o antigo relógio de piso, ambos herdados do pai da moradora. 

Bom, acho que já deu para notar como o lar da Silvana é cheio de vida e guarda memórias muito bacanas, não é mesmo? Pois eu vou deixá-la contar tudo com mais detalhes no vídeo, que vai ao ar amanhã. Enquanto isso, fique com o tour fotográfico que também capturou com maestria a beleza eterna dessa morada. Olha só:

Fotos: Rafael Renzo