Apartamento colorido, mas com cores suaves e que conversam muito bem entre si: esses são os ares da casa da advogada Rogéria Leoni, a protagonista do Open House desta semana. O projeto assinado pelo arquiteto Robert Robl é um passeio por diferentes épocas e momentos importantes do décor, e também um respeito pelas demandas, vontades, gostos e história da Rogéria e sua família. Desliza o post para você conhecer todos os detalhes desse apê de 280m², que fica na Vila Suzana aqui em São Paulo ;-)

Casa de Valentina: Como foi reformar o apartamento com alguém que já conhecia?

Rogéria Leoni: Foi bem mais tranquilo, porque eu tinha liberdade para ser autêntica e transparente, sem precisar me preocupar se ele compreendia a mensagem que eu queria transmitir.

CV: No final das contas, ter um arquiteto do começo ao fim, é uma economia ou não?

RL: No meu caso com certeza! Tenho uma carga de trabalho bem pesada e não conseguiria ter tempo para me dedicar ao assunto como deveria. Ter um profissional me assistindo, me fez agilizar a obra e as aquisições necessárias, com isso pude focar no que realmente era relevante no projeto.

Minha passagem por esse apê foi para lá de divertida! Dá PLAY no vídeo para conferir:

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Fotos: Rafael Renzo

CV: Sua casa está sempre em ordem, né? rsss Como você mantém essa organização no dia-a-dia, mesmo usando o apê?

RL: hahaha Está sempre em ordem sim, sou exigente em algumas coisas e essa é uma. Fiz a casa com muito carinho, empenho emocional em cada detalhe e não me passa pela cabeça que alguém que ali esteja não compartilhe isso comigo. Todos (marido, filha de 8 anos e filho de 20) foram envolvidos e engajados no processo do projeto e obra em algum momento, o que fez daqui não apenas um lugar onde moram, mas sim o lugar que eles ajudaram a construir. Então todos se sentem responsáveis pela manutenção da casa e, sinceramente, essa dinâmica de organização funciona porque sou chata com isso kkkkkkkkkk

CV: O que a casa representa emocionalmente para você?

RL: Aqui é onde a minha alma relaxa, onde não sou profissional, ou filha; sou a minha essência. É onde eu me encontro comigo mesma, vejo as coisas que gosto e estou sempre com quem amo…

CV: Por que você bebe na fonte do Art Deco?

Robert Robl: Gosto de tudo que é vintage, que tem bom desenho e que é atemporal, e o Art Deco tem muito disso.  Não sou um profundo conhecedor do movimento mas lembro que, na sua origem, quebra com pontos fortes do Art Nouveau, e vem com uma ideia de modernidade, principalmente nos anos 20. Nas artes gráficas, na arquitetura e o no décor ele deixa de ser figurativo e vem muita linha reta, verticalidade, tem uma coisa de otimismo no desenho, com linhas sempre pra cima. Na decoração especificamente acho o estilo super elegante, classudo mesmo! Eu lembro da primeira vez que fui pra Paris e fui no museu de arte moderna, onde tem uma sala do Jean Dunand e móveis do Jackes Ruhlmann e achei aquilo lindo, inspirador. Acho que não como uma referência a seguir fielmente e de forma caricata, mas existe uma questão de apuro estético, de proporção, de um glam, do que é um pouco exótico, étnico… de elegância mesmo!

CV: Quais @s está sempre de olho?

RR: @casadevalentina (claro!), @ad_spain, @jonathanadler, @kellywearstler, @sigbergamin, @susana_ordovas, @ruevintage74, @midcenturymobler, @midcenturyeverything, @gregnatale, @latelier55_officiel

CV: Como é o processo criativo de incorporar peças expressivas e de diferentes épocas em um mesmo ambiente?

RR: Muita pesquisa, tentar pegar o que tem de melhor em cada época, seja do Art Déco, do Streamline, do modernismo mais seco e funcional, do Mid Century Design, dos 70’s e misturar com o que tem de melhor do  contemporâneo, do atual. No fundo acho que tudo é soma de estilos. Se a peça é boa, tem um design que agrega, conta uma história, por que não usar? E aí pra harmonizar isso tudo eu acho que entra uma questão de proporção das peças no espaço, e isso a gente resolve com projeto, escala, etc.  Fazer o link entre as peças através de uso da cor, padronagem de tecido, a produção e os acessórios também podem ajudar bastante nessa composição e nesse link entre elas.  Tentar seguir uma linha que as peças conversem entre si… É difícil explicar, pois é um pouco intuitivo também rsss