Praticidade. Esta é uma das grandes vantagens de se optar pelo cimento queimado como revestimento principal em um projeto. Com um visual irregular bem característico, que pode contar até com manchinhas e trincas aparentes, propõe uma estética imperfeita, simples e de certa maneira, libertadora. Muitos adeptos de um estilo de vida cosmopolita e minimalista recorrem a ele, como é o caso do morador deste apê, o protagonista do episódio desta semana da websérie produzida por mim em parceria com a Votorantim Cimentos. Apresento a vocês o lar do Rafael Coca!

O apartamento está localizado no coração da Vila Olímpia que é um bairro de natureza essencialmente empresarial, repleto de edifícios comerciais supermodernos, muitos deles erguidos recentemente. Para suprir a demanda de pessoas que procuram viver de maneira prática e, por isso, próximas ao local de trabalho, a região vem sofrendo algumas transformações urbanisticas e ampliando a sua oferta de imóveis residenciais. O Rafael é dono de uma agência de publicidade e leva uma vida bastante agitada, corrida e moderna, por isso, fazia muito sentido para ele que o seu refúgio particular ficasse a poucos metros da sua agência. Depois de um período de visitas, encontrou o apê ideal em um prédio recém construído. Assim que recebeu as chaves, o empresário foi buscar a ajuda do talentosíssimo Diego Revollo, que elaborou um projeto sob medida para o morador. 

O imóvel foi entregue cru, ou seja, sem piso no living, quarto, cozinha ou nas áreas molhadas – todos os ambientes também estavam com seus forros originais. “O que me chamou mais atenção foi a varanda, voltada para uma paisagem ainda sem edifícios ou qualquer obstáculos. Todo o espaço era inundado com luz natural proveniente desta abertura principal e esta foi uma das características que me guiou na concepção de todo o projeto”, revela o arquiteto. Tirar proveito da iluminação natural também significava uma intervenção no layout setorizado, propondo aberturas que conectassem por completo todos espaços sociais.

Nesta brincadeira, muitas paredes divisórias foram retiradas o que fez o apartamento de 77m2 parecer muito mais espaçoso. O segundo quarto foi anexado ao living, tomando a forma de uma sala de TV separada por esquadrias corrediças. A cozinha também foi completamente aberta para a sala, conferindo ao espaço ainda mais funcionalidade e estilo. Mas a unificação não parou por aí, não! Os acabamentos foram fundamentais para garantir a sensação de amplitude e integração. “O cimento queimado é destaque no chão, paredes e teto. O material foi responsável por uma maior unidade visual e por revelar o lado leve e tranquilo dos ambientes”, comenta o profissional.

Apesar de livrar-se de barreiras físicas entre os cômodos sociais, o arquiteto fez questão de seccioná-los de acordo com seu uso e função. E para isso, lançou mão de um artifício estético que se provou fundamental: as cores. As áreas sociais e íntimas receberam os tons claros do cimento. A parte de serviços ficou revestida de preto e a varanda, em tons cor de mel. Esta última, inclusive, foi revestida por ripas de madeira ao melhor estilo escandinavo – diferentemente da sala que carrega uma atmosfera muito mais urbana – com o intuito de transformá-la em um espaço dedicado aos momentos de lazer e relaxamento. “Além de aconchegante, o espaço é sempre o ponto de partida de toda e qualquer festa”, revela o morador.

Bom, agora deixarei vocês apreciarem com calma as fotos do apartamento do Rafael cuja presença do cimento queimado é fundamental e notável. Amanhã mostrarei mais alguns detalhes, além do vídeo cheio de revelações sobre o projeto vindas do próprio morador. Até lá!

Fotos: Rafael Renzo