Lembro desde pequena minha mãe me ensinar que existiam duas educações: a formal e a de sentimento. A formal é a mais fácil de ser ensinada, é a educação das regras, das boas maneiras, do comer, do andar… essa é a educação de vitrine, importante sim, mas que sem a educação de sentimento não tem valia.

A educação de sentimento é aquela que nos ensina respeitar o espaço e os pensamentos alheios, enxergar e perceber o outro. Essa é a educação que deve anteceder e que deve ser valorizada e incentivada.

Estou num devaneio louco ao escrever isso aqui na abertura deste Open House?

De jeito nenhum, escrevo isso para te contar que por causa do blog frequento muitos eventos, festas e compromissos sociais do mercado de decoração – deveria até frenquentar mais, mas com os pequenos em casa acabo selecionando demais os lugares que vou – e em todas essas ocasiões gosto de observar como as pessoas se comportam nos detalhes (sim, penso seriamente em fazer a Constanza e ir de óculos escuros só para ficar observando com olhos de lince cada gesto rssss). O fato é que tem algumas pessoas que são extremamente gentis e atenciosas com absolutamente todos a sua volta, e quando digo todos quero dizer todos mesmo, independente das funções sociais que cumpram.

E uma dessas pessoas é o Arnaldo, isso tido não só por mim. E exatamente por isso, acho que seu antiquário é uma extensão de como enxerga e interage com o mundo. Um lugar que respeita a história vivida por cada uma das peças garimpadas.

Bom, dito isso, você já imagina que estou bastante contente em entrar na casa do Arnaldo Danemberg para te mostrar como ele vive aqui em São Paulo, já que sua primeira casa é no Rio de Janeiro, sua cidade de origem. Mas desde que abriu uma loja na cidade da garoa passou a nos visitar com muito mais frequencia e por isso tem seu pied-à-terre aqui também.

Vamos lá?

No próximo post vou te mostrar os quartos, a cozinha e um vídeo em que o Arnaldo conta algumas relíquia que tem em casa ;-)

Fotos: Edu Castello