Fotos: Sirlei Limberger/ Divulgação

Esta casa de campo no estilo farm house é da decoradora de interiores Sirlei Limberger e de seu marido Cristian, e serve de lar para eles e para a filha do casal em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul. Desde o início de sua carreira, Sirlei sempre gostou dessa decoração que privilegia o conforto, os objetos de coleção e itens feitos à mão, e há alguns anos pôde aplicar isso em um lar dos sonhos no estilo farm house.

Mas ao observar que era difícil achar itens de qualidade que seguiam essa linha e com o crescente interesse de seu marido em marcenaria, o casal criou também uma loja inspirada no apelido que o casal deu à casa: Fiorella Farmhouse. A loja vende diversos objetos no estilo farm house e muitos desses itens estão presentes na decoração do lar do casal. No canal você confere a tour completa com a Sirlei por esta casa com pé-direito duplo, e aqui no blog uma conversa com ela contando algumas curiosidades sobre o projeto.

Aperta o PLAY pra conferir mais detalhes:

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CV: Qual a história de vocês com o imóvel?

Sirlei Limberger: “Cristian, meu marido, sempre procurou por um lugar assim, afastado da cidade, amplo, onde pudesse ter um pomar, uma pequena horta e viver sossegadamente. Eu tomei o seu sonho como meu e me apaixonei por esse estilo de vida. A nossa casa é a realização de um sonho e de um estilo de vida. O farmhouse é um conceito de decoração que privilegia o conforto, o convívio com as memórias afetivas e os objetos de coleção. São ambientes leves, apesar de terem bastante informação visual. E esse é o estilo de vida que buscamos, e encontrar o estilo de decoração que represente o teu estilo de vida é incrível! Porque você vive o seu dia a dia cercado daquilo que para você é relevante e faz sentido. Costumamos dizer que a Fiorella é a nossa casa, o nosso jardim e os sonhos que havia nela!”

CV: A casa foi toda pensada por vocês?

Sirlei Limberger: “A casa foi construída do zero, assim como toda a implantação dos acessos, estrada, pomar, etc…com exceção do revestimento do piso, todo o restante do material é de desconstrução. Todos garimpados nas redondezas e localidades do interior da cidade. Foi como montar um quebra cabeças. Se tínhamos 12 janelas, todas do mesmo jogo, era preciso distribuir de maneira que essas 12 fossem suficientes. Todo o layout da planta foi pensado por meu marido, praticamente a partir do garimpo do jogo de esquadrias antigas, compradas de uma desconstrução. Elas foram restauradas e distribuídas em pares, de forma simétrica por toda a casa. Ela é uma casa térrea, com dois dormitórios no mezanino originado pelo pé direito duplo e a inclinação do telhado. Esses dormitórios seguem o conceito de sótão.”

CV: Foram pensadas soluções para a melhor integração dos espaços?

Sirlei Limberger: “Sim. Queríamos uma casa ampla, com poucas paredes, que tivesse a circulação livre e descomplicada. A casa tem três entradas no total, permitindo circular por todos os espaços sem barreiras. Desde a cozinha é possível ver a varanda frontal e vice-versa. O olhar do observador cruza livremente a área social de ponta a ponta.”

CV: Qual é o grande destaque do projeto para você?

Sirlei Limberger: “A varanda da frente certamente é encantadora, não só pelo espaço em si, uma grande sala de estar, mas também pela vista que se tem do lago. Outro destaque fica por conta da parede de pedras antigas de grande formato, que faz a divisória entre a sala e a suíte do casal no térreo. Além disso, também posso destacar o galpão, uma construção separada da casa, mas afastada apenas por 3 metros dela. Nesse espaço foi montado uma espécie de área gourmet com ambiente de estar. Lá o rústico e o farm house se destacam ainda mais!”

CV: Como foi feita a escolha das paletas de cores?

Sirlei Limberger: “Na área social não tem muita luz natural, ao menos não tanto quanto gostaríamos, pois privilegiamos ter sol da manhã nos quartos. Assim, optei por usar uma paleta de cores suaves, nudes e tons de madeira natural que variam do médio ao claro, com muito destaque para o padrão branco. Tecidos com fibras naturais, algodão, linho, cambraia, também trazem essa sensação de leveza aos ambientes de modo a compensar essa luz mais amena. Embora o mobiliário da cozinha e o armário do dormitório do casal tenham cores fortes, mas que valorizam a madeira, todo o restante é claro!”

CV: Há objetos que carregam valor sentimental?

Sirlei Limberger: “Praticamente todos eles! Ou porque foram trazidos de viagem, ou garimpados nas redondezas da nossa cidade, ou fabricados na nossa própria marcenaria,  com madeiras que vieram de antigas construções, pelas mãos do Cristian ou em conjunto com o nosso marceneiro. Então eu diria que tudo na casa tem valor sentimental.”

CV: Como seu trabalho se relaciona com como a casa é hoje?

Sirlei Limberger: “A casa sou eu e eu sou a casa, por muitas vezes me vejo representada nela, cada pedacinho dela tem todo o meu cuidado e atenção. Nossa casa tem um nome – Fiorella – e eu tenho o nome dela tatuado no meu pulso, então ela está eternizada na minha pele. O meu trabalho como decoradora de interiores se estende àqueles que como eu querem viver em uma casa que os represente. Que fale ao morador em cada pequeno detalhe!”