Há poucos anos, assistíamos em desenhos, séries e filmes as personagens com casas totalmente automatizadas – como os Jetsons – e tudo isso parecia um pouco longe da realidade. Aos poucos, o conceito de smart home ganhou muita força em países como os Estados Unidos e agora está chegando ao Brasil, através de modernos equipamentos. Como uma revolução na casa, essa automação interfere diretamente na arquitetura.

Uma casa inteligente passa por vários elementos: controle automático de cortinas e janelas, controle da iluminação dos ambientes, controle inteligente da temperatura dos cômodos, sistemas de segurança que podem identificar e diferenciar ameaças, e o uso de comandos de voz para executar ações nos aparelhos eletrônicos.

Um levantamento do site MagoDaTecnologia indica que a procura por itens de casas inteligentes não para de crescer no Brasil. É hora de pensar e debater essas transformações. A interação entre humanos e máquinas através das redes é o futuro em muitos segmentos, como a indústria e a agricultura. Assim, é essencial saber adequar a arquitetura quando necessário.

Primeiramente, a função do arquiteto exige adaptabilidade. Os custos da transição são muito altos, portanto, o ideal é que todos os processos de automação já estejam inclusos no projeto. Dessa maneira, o morador não enfrentará alguns problemas, como a dificuldade de executar comandos de voz em determinado cômodo por conta da acústica ou uma iluminação prejudicial em determinados horários.

Toda essa automação não deve ser planejada apenas considerando o conforto. O arquiteto deve pensar em fatores concretos, melhorias que uma Smart Home pode trazer. Por exemplo, a programação de abertura das cortinas nos momentos de melhor iluminação natural, ou o controle inteligente das luzes artificiais dos ambientes de acordo com o horário do dia.

Há até a possibilidade de criar diferentes padrões e aplicá-los nas automações, como uma iluminação adequada para ver TV, uma para ler e outra para trabalhar no computador, visando sempre à qualidade de vida do morador. Ou seja: uma smart home não se trata apenas de “poder acender a luz enquanto está deitado”, ou “ser capaz de trocar a música com a voz” como muitos imaginam.

A arquitetura da casa deve levar em consideração o estilo de vida dos moradores, para que o profissional possa analisar de quais maneiras a conectividade entre humanos e equipamentos poderá melhorar a vida de quem está na casa. Sabendo os hábitos de cada um, é possível planejar tudo de um modo que a inteligência da casa seja mais bem aproveitada, e ainda provocar redução de custos – economizando energia, por exemplo. Em alguns casos, a economia de tempo também é possível com uma Smart Home, que pode trazer automações até na limpeza dos cômodos.

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