Nina Coimbra

Para impulsionar a internacionalização dos produtos brasileiros de alto padrão do segmento de Casa e Construção, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (ABIMÓVEL), está realizando, desde 11 de maio até dia 25 a CASA BRASIL Nova York, que traz produtos brasileiros de mobiliário, revestimento, cerâmica, arte e decoração ao mercado norte americano.

Tive a sorte de estar presente no evento, que é em formato de exposição, e entrar em contato com 144 peças expostas por 65 empresas brasileiras diferentes sob o conceito “Brasil in Natura, terra adentro”. A feira acontece no bairro SoHo, que, para quem não sabe, é um local em Nova York referência em design e butiques de grife, ditando tendências mundiais tanto no universo da moda quanto do design. 

No ano passado a exposição das marcas nacionais trouxe 21 indústrias e ocupou 210, resultando em mais de 20 milhões em vendas. O efeito foi tão positivo, que neste ano o espaço cresceu e a participação de marcas brasileiras mais do que triplicou.

A curadoria foi realizada pela designer e presidente da Associação de Designers de Produto, Natasha Schlobach, a artista visual Nina Coimbra, a arquiteta e designer Simone Turíbio, os designers Estevão Toledo, Rodrigo Erthal, Victor Leite e Dimitri Lociks. O espaço conta com uma estrutura robusta e diversa, tanto para receber visitantes quanto para a realização de diferentes atividades, como coletivas e rodadas de negócios.

Hoje os EUA representam 40% das exportações de móveis nacionais, realidade bem diferente de 12 anos atrás, quando a Argentina era o principal foco das nossas exportações no setor. Além da presença no mercado Norte Americano, o Brasil, que já é o 6º maior produtor do mundo, está aos poucos consolidando suas exportações também na França e Espanha.

Não só focado na ampliação das vendas, o evento também tem como objetivo evidenciar o que compõe a essência do mobiliário brasileiro: sustentabilidade, diversidade de matérias-primas e sofisticação. Até porque, da totalidade dos móveis fabricados no Brasil, 89% são de madeira, todas certificadas, e atualmente não se exporta mais móveis sem normas de certificação justamente para que esses parâmetros sejam mantidos.

Com base em iniciativas anteriores, a expectativa é que a CASA BRASIL Nova York gere US$ 16,5 milhões em negócios imediatos e nos 12 meses seguintes ao evento. Mas a previsão de sucesso nas vendas não é a toa, afinal até mesmo a data da exposição foi pensada para alavancar ainda mais esses números. Simultaneamente a CASA BRASIL, acontece a programação da The International Contemporary Furniture Fair (ICFF), evento do segmento que também pode ser visitado pelas empresas brasileiras. Com 250 expositores de 25 países, a ICFF é a maior plataforma da América do Norte para design de móveis contemporâneos, e contará com estandes de sete empresas brasileiras.

E para quem não conhece a ApexBrasil, organizadora da CASA BRASIL Nova York, ela atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. A seguir você confere um pouco do que vi por lá:

Tecido: ByKamy // Escultura: Mestre Aberaldo para Marco500// Sofá: EcoSimple

Tecido: ByKamy // Pendentes: Alberth Murta e Aline Volpato para Design Selo

Poltrona: Estúdio Bola

Cadeira de balanço: Estúdio Galho

P E L L L E by maraí valente

Esculturas: Mestre Irineia – Marco500 // Cadeira: Sergio Matos

P E L L L E by maraí valente

Le Motif

Leo Romano para St James

Natasha Schlobach

Nina Coimbra

Poltrona Jann de CGS Móveis

Studio Corrupio

Cadeira: Victor Moreira Leite para CGS Móveis