Fotos: Arquivo Pessoal

Ao passar pela rua Gália ou pela rua Peruíbe, em São Paulo, e olhar para cima, talvez você se depare com uma imagem muito inusitada: uma casa-bola. Ou melhor, uma esfera que é também casa, e casa do renomado arquiteto Eduardo Longo, criador do projeto.

Famoso por romper com padrões e fazer projetos inusitados, tive o prazer de conversar com Eduardo Longo dentro da Casa Gália, a segunda casa-bola construída. Ele me explicou o conceito do projeto, o porquê do formato esférico e muitas outras curiosidades, além de uma visita completa pela casa para mostrar todos os detalhes de seu interior.

O projeto surgiu em 1980, e desde então encanta entusiastas da arquitetura e da contracultura. Misturando estilos, como o High-tech, Modernista, Minimalista e Futurista, a decoração do projeto lembra, muitas vezes, o interior de um navio. Além disso, soluções inteligentes mostram que podem ser mais simples, funcionais e Low-tech do que se imagina: um bom exemplo é a janela em esferas do escritório ou então detalhes como o lixinho embutido na cozinha, quase como um buraco na bancada, que vem de referências da arquitetura grega como explica o arquiteto.

Aperte o PLAY para ver mais detalhes:

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Casa de Valentina: Qual foi a inspiração do projeto?

Eduardo Longo: A inspiração foi a procura pelo volume mais leve para a industrialização de apartamentos modulares.

C.V.: Por que foi escolhida a forma redonda para o projeto?

Eduardo Longo: A esfera é o volume mais leve e o maior volume para menor superfície.

C.V.: Qual foi o maior desafio enfrentado para conseguir realizar o projeto?

Eduardo Longo: O maior desafio foram as fôrmas de dupla curvatura.

C.V.: Quais foram os materiais escolhidos?

Eduardo Longo: Os materiais escolhidos foram estrutura metálica e argamassa armada.