Refúgio contemporâneo com olhar apurado para os detalhes
11 nov, 2025 | Apartamentos, Acima de 200 m2, Cidade

Fotos: Carolina Mossin / Divulgação
Escritório: Frezza & Figueiredo Arquitetura e Interiores
Área: 280m²
Localização: Ribeirão Preto, São Paulo
Neste projeto comandado pelo designer de interiores Fabricio Frezza e pelo arquiteto Gabriel Figueiredo, a intenção era criar o lar perfeito para um casal com pet que ama receber, cozinhar e aproveitar tempo de qualidade em casa. Cada ambiente foi desenhado para favorecer a convivência e o bem-estar, com soluções que unem funcionalidade, beleza e um olhar apurado para os detalhes em um verdadeiro refúgio urbano.
A atmosfera do “Apê da Praça”, como foi chamado por conta do bairro arborizado em que está inserido, é marcada por uma integração generosa entre os ambientes. A sacada aberta amplia a área social e convida à convivência, conectando-se de forma fluida à sala de estar e à cozinha. Três sofás se distribuem de maneira envolvente, criando um eixo visual que une a área de TV à sala de jantar. Ao centro, a mesa redonda torna-se ponto de encontro para refeições ou conversas descontraídas, traduzindo o desejo dos moradores por um espaço acolhedor e versátil.
“Com vista privilegiada para as árvores, o Apê da Praça foi concebido para ser um verdadeiro refúgio urbano. A fachada voltada para as copas garante uma paisagem verde constante, como um quadro vivo que emoldura a área social.”
No interior, o mobiliário revela o olhar apurado dos profissionais. Ícones do design brasileiro e internacional, como as cadeiras de John Graz, as poltronas de Aristeu Pires, a mesa de Pedro Useche e o banco Mocho de Sérgio Rodrigues, foram inseridos com equilíbrio e elegância. O resultado é um apartamento com identidade, mas livre de excessos.
A madeira escura da sucupira, usada como revestimento, confere calor e personalidade. Ela serve de moldura para uma gallery wall que mistura obras e objetos de diferentes origens. Entre elas, a fotografia Tesão no Forró do Mario Zan (1977), de Nair Benedicto, e a tela Natureza-morta com moringa, jarra e castiçal (1973), de Arnaldo Barbosa. Essas peças, garimpadas em viagens, antiquários e leilões, reforçam o caráter afetivo do projeto.
“A decoração é composta por um acervo de objetos garimpados em antiquários, feiras, leilões e viagens pelo mundo, peças únicas que não se encontram em lojas convencionais e que ajudam a contar histórias.”
A cozinha do chef, como os arquitetos a chamam, foi desenhada para encontros menores, com lugar para até oito pessoas e uma vista generosa para a praça. Ali, o preparo das refeições é um ritual compartilhado. O mobiliário em tons escuros dialoga com as bancadas em quartzito Dolomita Gold, enquanto o acabamento em laca nocciola e os azulejos retrô evocam o charme europeu. A integração visual com a sala de jantar reforça a fluidez que guia todo o projeto.
Essa fluidez também aparece na escolha da paleta. Tons terrosos, madeiras escuras, cerâmicas e fibras naturais se misturam a móveis de design e peças vintage. O piso em cinza quente, com aparência de pedra, contrasta com o assoalho rústico da área íntima, criando uma transição suave. O sofá xadrez, as poltronas em lona cacau e os sofás em linho café trazem textura e conforto, enquanto cortinas brancas e paredes claras suavizam o conjunto, criando o refúgio urbano contemporâneo perfeito.




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