Fotos: T Reynes / Divulgação

A Casa Higienópolis, também conhecida como o palacete de Nhonhô Magalhães, finalmente reabriu suas portas ao público depois de quase uma década de restauração. Sempre que eu passava por ali ficava imaginando os trejeitos da época, o modo como o casarão foi construído e toda a sua história. Uma vez até cheguei a entrar e conhecer o interior, mas sem um guia para me ajudar. Agora, neste Open House mais do que especial, fiz uma visita com o melhor guia possível: Antonio Sarasá, o próprio restaurador da Casa Higienópolis!

Antonio me contou em detalhes toda a riqueza da arquitetura do palacete. Por ali é possível apreciar diversos estilos em diferentes ambientes: desde o mourisco, também conhecido como hispano-muçulmano, até a art nouveau e o moderno. O projeto de restauração também contou com paisagismo de Isabel Duprat e interiores de Luciana Teperman.

O casarão foi construído pelo barão do café Leôncio de Magalhães no começo do século 20 e demorou cerca de 15 anos para ser concluído, tempo que acabou não permitindo com que ele mesmo morasse ali, deixando o palacete para a sua família. Hoje, reconhecido como Casa Higienópolis, recebe diversos eventos e convidados, mostrando como a restauração pode trazer ganhos ao público e preservar a história.

Este Open House pela Casa Higienópolis com o Antonio Sarasá é uma verdadeira aula e visita ao passado! No meu canal do Youtube, você confere o vídeo completo. Já por aqui, mais fotos e detalhes sobre o casarão.

Para ver a visita completa, aperte o PLAY!

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Casa de Valentina: Quanto tempo demorou para o casarão ser construído?

Casa Higienópolis: A sua construção foi encomendada em 1927 e demorou cerca de 10 anos para ser entregue à família Magalhães. A sua arquitetura foi inspirada nos palacetes franceses, incorporando diferentes movimentos artísticos e arquitetônicos preferidos na época – como o neoclássico, o mourisco, o manuelino, Art Déco, Art Nouveau e Modernismo.

C.V.: E sobre as pinturas? Quais técnicas foram utilizadas?

Casa Higienópolis: Cada ambiente (salas e quartos) originalmente foi pintado de cores diferentes – seguindo a técnica tromp’oleil (“engana o olho”) – pintura original por técnica de decapagem com bisturi

C.V.: Como foi desenvolvido o projeto de paisagismo?

Casa Higienópolis: O projeto de paisagismo teve a missão de recuperar os jardins que envolvem o palacete. A vegetação constituída de um corpo arbóreo expressivo é complementada por plantas que iluminam o jardim, em ondas acompanhando os desenhos dos pisos. Flores e jabuticabeiras, que povoavam o antigo pomar e que não podiam faltar nos jardins da época, foram trazidas como testemunho de uma época.

C.V.: Como o espaço é usado hoje em dia?

Casa Higienópolis: Além de sediar eventos culturais, corporativos e privados, periodicamente a Casa Higienópolis abrirá visitas monitoradas. Para o segundo semestre, está previsto o projeto Arq Tour, idealizado pelo shopping e que, além da CH, percorrerá outras construções históricas do bairro.