Fotos: Gabriela Daltro / Divulgação

Este apartamento de 115m² localizado em um edifício dos anos 1980 passou por uma reforma total. Nas mãos do arquiteto Gabriel Magalhães, o imóvel foi reinventado e contou com um projeto cheio de ambientes integrados e soluções inteligentes, como uma prateleira de concreto que percorre a extensão da sala e também serve como banco.

Além disso, outra solução foi usar um painel de madeira para forrar toda a parede da sala e camuflar a porta de entrada do apartamento. Assim, o painel consegue suavizar o formato do hall de entrada, meio triangular, além de suas portas de correr serem capazes também de fechar o home office quando necessário.

Com revestimentos que lembram concreto e ventilação cruzada, o apartamento dos moradores Cláudio Meirelles e Rodrigo Sampaio, além da Pudim, a pet dos moradores, surpreende pelo resultado. Vale a pena conferir o Open House da semana que gravamos neste apartamento e também o depoimento do morador, logo ao final do vídeo!

Aperte o PLAY para ver mais detalhes:

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Casa de Valentina: Qual foi a inspiração para criar este projeto?

Gabriel Magalhães: A inspiração para o projeto foi a contemporaneidade dos clientes e as características do imóvel: amplas janelas, abundância de luz natural e muito espaço. A ideia, desde o princípio, foi abrir ao máximo os espaços, buscar uma paleta de cores claras e apostar em mobiliário pontual e de design.

C.V: Como você classificaria o projeto (por exemplo, clássico, contemporâneo…)?

Gabriel Magalhães: O projeto é totalmente contemporâneo, de acordo com o perfil dos clientes.

C.V: Qual é o perfil dos clientes?

Gabriel Magalhães: O apartamento foi feito para o Claudio, publicitário de 38 anos, e o Rodrigo, médico de 31 anos. O apartamento é a primeira moradia do casal, junto com o Pudim, mascote da família. Eles buscavam um apartamento no Bairro, perto do trabalho de ambos e bem em frente ao apartamento da mãe do Claudio. Eles queriam um apartamento antigo, que pudesse ser inteiramente reformado, e que tivesse muita luz e amplos espaços.

C.V: Quais foram as mudanças arquitetônicas?

Gabriel Magalhães: Muitas. O projeto contou com uma transformação total do apartamento, localizado em um prédio antigo, da década de 1980, que precisava de muitas melhorias. A reforma começou pela área da sala, que foi integrada com a cozinha e ampliada, com a retirada do antigo quarto de serviço (que não tinha serventia na rotina do casal). A cozinha, além de integrada com a sala, teve sua configuração mudada por completo, e o antigo sanitário de serviço foi ampliado e transformado em lavabo/sanitário social. A antiga sacada, pequena e sem uso, ganhou portas de correr de madeira e foi transformada em um home office para a família. Nos quartos, um foi mantido no tamanho original, destinado aos hóspedes eventuais. O outro, também para hóspedes, teve seu tamanho reduzido de modo a criar espaço para um closet na suíte máster. Os sanitários, todos muito antigos e danificados, foram totalmente reformados, com retirada de antigos bidês e mudança dos revestimentos.

C.V: Há alguma coisa que queira destacar no projeto?

Gabriel Magalhães: Existem alguns destaques no mobiliário e nas obras de arte do apartamento: na sala, a poltrona Costela ganha destaque, junto com a escultura de Regina Misk, pendurada ao lado da porta de entrada do apartamento. Ao lado da poltrona, o banquinho de metal, desenhado pelo F Studio também é destaque. Ao lado do sofá, a escultura Cabeça, de Paula Juchem. Na sala de jantar são destaques o pendente de André Ferri, o carrinho bar também, de metal, encostado no balcão da cozinha e a foto da série de João Machado. No corredor dos quartos, a escultura indígena, posicionada na parede ao fundo, dá destaque e cria um ponto focal de praticamente todos os espaços do apartamento.