Num mergulho pela arte passando por jardins, esculturas, pinturas e fotografias; posso observar a cada dia mais como as paletas de cores, os movimentos dos traços e os detalhes da arte se misturam com o paisagismo. A linguagem da natureza está intimamente ligada aos poetas, pintores, arquitetos e fotógrafos.

De repente, me vejo no jardim do Instituto Casa Roberto Marinho, projetado cuidadosamente pelo mestre Roberto Burle Marx, onde vários artistas são convidados à se inspirar nas curvas, cores, levezas e resistência da natureza presente nos jardins para criarem uma linda mostra intitulada “O jardim”.

No Museu da República (museu inaugurado 1867) que teve seu jardins projetados primeiramente pelo paisagista francês Auguste François Marie Glaziou, a exposição de Patricia D’Angello traz uma beleza de cores, detalhes, enfrentamentos críticos de forma alegre e delicada.

Algumas obras abaixo seguirão como um convite ao passeio e meditação por ambos jardins e suas obras .

“Num galho de tronco retorcido, pode residir uma força plástica oculta” Márcia Mello e Paulo Venâncio Filho – Obra: Frans Krajcberg

Jardim do Edem, retratado por Patricia D’Angello, com toda força das cores, prazeres, alegria e dor.Você se vê refletido na imagem. E o que se pode esperar desse reflexo?

“Nem tudo são flores” – Patricia D’Angello

A sutileza da construção de uma floresta em forma de pequenas placas de ferro
delicadamente corroídas, trazendo uma gigantesca diversidade de espécies botânicas.
Obra: Hilal Sami Hilal

Enquanto passamos pelos jardins somos água, flor, vida, pássaros…. Obra: Vânia Mignone

Árvores de uma natureza construída a partir das digitais do seu criado. Obra: Eduardo Salvatore

Nessa mistura de tons pastéis de mais uma obra de Patricia D’Angello deixo aberto à todos as possibilidades de viajarem nos encantos dos jardins.