Dando continuidade ao tema Amazônia abordado na coluna anterior, irei hoje elencar outras espécies vegetais que vi por lá e que ocupam a floresta fluvial alagada, especificamente as matas de várzea. Estas florestas são planícies inundáveis invadidas por enchentes sazonais, onde encontramos árvores de médio e grande porte como embaúbas, sumaumeiras e copaíbas e alguns tipos de palmeiras como o açaí, o buriti e a pupunha.

Fonte: acervo pessoal

1- Cecropia (embaúba)

Fonte: Google

Existem várias espécies do gênero Cecropia, presentes em quase todos os biomas do território brasileiro além da região Amazônica.

Característica geral da espécie: Árvore perenifólia, altura de 4-15 m (dependendo da espécie) e floresce de agosto a novembro (depende da espécie). Árvore muito bela em virtude de sua folhagem prateada e seus frutos são muito apreciados pela fauna. Uso: A madeira é leve, empregada para confecção de brinquedos, caixotaria e polpa celulósica. Tem rápido crescimento. É uma espécie importante nos reflorestamentos de áreas degradadas de preservação permanente e no paisagismo por apresentar qualidades ornamentais. 2 – Ceiba pentandra (sumaúma)

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Característica geral da espécie: Árvore decídua com porte gigantesco, altura de 30-40 m e floresce de agosto a setembro com a planta quase totalmente despida de folhagem;
Uso: A madeira é leve, e é empregada na construção de embarcações, compensados e produção de celulose. A pluma que envolve as sementes é utilizada na confecção de boias e salva-vidas, para enchimento de colchões e como isolante térmico. Das sementes extrai-se um óleo que é comestível e que serve para a fabricação de sabões e lubrificantes e usado em iluminação. A torta das sementes serve de ração para animais e também como adubo. 3 – Copaifera langsdorffii (copaíba)

Fonte: Google

Característica geral da espécie: Planta decídua ou semidecídua, altura de 10-15 m e floresce de dezembro a março, suas sementes são bem disseminadas por pássaros;
Uso: A madeira é pesada, indicada para construção civil, para vigas, caibros, lambris, assoalhos e etc. Fornece o óleo de copaíba que é terapêutico; o bálsamo é a seiva extraída mediante a aplicação de furos no tronco até atingir o cerne. É uma alternativa nos reflorestamentos de áreas degradadas de preservação permanente e na arborização rural e urbana. 4 – Palmeira Euterpe oleracea (açaí)

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Característica geral da espécie: A palmeira cresce em touceiras e pode atingir até 20 m de altura. Floresce e frutifica durante todo o ano com predominância nos meses de julho a dezembro;
Uso: Seu fruto tem grande valor na indústria de alimentos e bebidas. 5 – Palmeira Mauritia flexuosa (buriti)

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Característica geral da espécie: A palmeira cresce isoladamente ou em comunidades e exige abundante suprimento de água no solo. Espécie de porte elegante e pode atingir até 35 m de altura.
Uso: Têm várias utilidades, as suas folhas são usadas na fabricação de cordas, as raízes na medicina popular e o tronco para produção de canoas. Sua semente, a amêndoa, é comestível e a polpa é utilizada na produção de licores, vinho, doces e etc. 6 – Palmeira Bactris gasipaes (pupunha)

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Característica geral da espécie: Esta palmeira tem rápido crescimento e cresce em touceiras, sendo seu caule central espinhoso. Espécie que pode atingir até 20 metros de altura.
Uso: O fruto quando cozido é um alimento com alto valor nutritivo, além de fornecer o palmito, uma iguaria valiosa com grande aceitação no mercado. Isso foi um pouco mais da riqueza natural extraordinária dessa região, já que mostra o valor desse ecossistema, no qual cada espécie desempenha sua função vital para o equilíbrio dele. Irei divulgar outras espécies vegetais ao longo do tempo quando retornar esse tema no blog. Vale lembrar que muitas palmeiras, árvores, espécies vegetais que contém substâncias para uso medicinal são muito pouco utilizadas para o paisagismo, e conhecendo melhor suas características podemos introduzi-las diversificando e valorizando esta vasta vegetação nativa.

Fonte: acervo pessoal

Quando olhamos a floresta de perto percebemos quão pequenos somos frente a toda essa exuberância, e devemos ter a certeza que é o nosso dever lutar para impedir que ações antrópicas coloquem em risco a integridade dos ecossistemas e os direitos coletivos de seus habitantes. É imprescindível utilizar a floresta de forma racional, renovando-a com as mesmas espécies nativas, preservando as regiões de santuários de flora e fauna a fim de manter o equilíbrio ecológico, o regime de chuvas, e todos os benefícios que repercutem em função de sua existência plena. Vamos nos engajar em ações que visem esse propósito. Essa luta é de todos nós! Até a próxima!