Espero ansiosa para postar este Open House há algum tempo por vários motivos, vou elencar dois: gosto demais do trabalho dos escritórios da Clara e do Lourenço, o CR2 e o FGMF, respectivamente e também pq assim que bati o olho na casa do casal fiquei entusiasmada por conhecer mais sobre como vivia aquela família que teve a coragem de romper de maneira tão leve e descomplicada o que conhecemos como uma tradicional casa familiar.

“Das minúsculas casas japonesas e holandesas, emprestamos mais do que a certeza de que seria possível aproveitar o pouco espaço de maneira criativa: os exemplos também induziram certa implosão do programa da casa pequeno-burguesa. A proposta arquitetônica encerra uma lógica pouco alinhada ao espaço convencional para o estereótipo da família de classe média paulistana, lança mão de espaços integrados e elimina outros considerados obrigatórios.”

O projeto desta casa já começa pela ousadia da dupla em ter topado encarar uma obra em um terreno tão estreito – 4 metros de frente por 30 de profundidade, e depois do desafio aceito as soluções encontradas foram tão inusitadas que é impossível não repensar a maneira com que estamos habituados a  viver. Mesmo que esta casa te cause uma surpresa inicial, duvido que você passe ileso pela cozinha encravada na sala, pela mesa de jantar que na verdade é uma continuidade do piso da sala, pelo jardim que se mostra presente em cada movimento e pela garagem que saiu de cena para dar vez a uma horta comunitária que resgata o que ainda resta de coletividade aqui em São Paulo.

A melhor pessoa para te contar sobre esta casa é a própria Clara, exatamente por isso hoje eu vou postar algumas fotografias do projeto e amanhã ela vai te contar os detalhes de tudo… Vamos lá? Fotos: divulgação e Edu Castello