Fotos: Julia Ribeiro/ Divulgação

Este apartamento com espaços amplos e integrados é do arquiteto Antonio Armando de Araújo e serve tanto de lar para ele quanto de escritório para Antonio e sua equipe. O projeto nasceu da vontade de fazer uma casa conceito, que pudesse receber seus clientes e ao mesmo tempo ser o lar ideal para o arquiteto. 

O imóvel fica no Brooklin, é o único apartamento residencial de um prédio comercial, tem 180m², pé-direito generoso e soluções inteligentes pensadas para dividir espaços totalmente integrados em momentos de necessidade. No canal você confere a tour completa com Antonio por este apartamento multiuso, e aqui no blog uma conversa com ele contando algumas curiosidades do projeto.

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Casa de Valentina: Como surgiu a ideia de “morar no escritório”? 

Antonio Armando de Araújo: “Eu queria uma casa conceito, onde recebesse meu cliente para que ele pudesse ver toda a dinâmica do escritório e de meu processo criativo. Quando um cliente visita o escritório, ele vê toda a casa do arquiteto, todo o conceito, e assim, visualiza também a vida que tem ali. Vale ressaltar também que o apartamento fica em um prédio comercial. Aqui funcionava antes uma empresa de tecnologia, sendo que o espaço era todo dividido com divisórias e tinha forro rebaixado. Tudo isso foi modificado para que os ambientes se integrassem e virassem uma coisa só. O home office, assim como a minha casa, ficam no mesmo espaço, sendo de um lado a casa e do outro o escritório. A ideia veio de não precisar ir para o escritório aos finais de semana.”

CV: Quais os principais pontos de destaque do apartamento no que diz respeito à arquitetura empregada? 

Antonio Armando de Araújo: “A arquitetura interna segue o estilo industrial e brutalista, com destaque para as vigas super grossas, laje aparente e janelas quadradas, características marcantes de prédios da década de 80 como este.” 

CV: E em relação aos materiais utilizados? 

Antonio Armando de Araújo: “No closet a madeira usada é a pinus e a estrutura é de ferro galvanizado natural. A cama em MDF preto, o sofá de concreto e a estante do home office também de pinus ficando suspensa com cabos de aço.”

CV:  Como foi feita a escolha das paleta de cores? Afinal, o uso delas é um dos pontos de destaque do projeto.

Antonio Armando de Araújo: “Com a retirada do forro, eu teria vigas e lajes aparentes. As janelas quadradinhas com os caixilhos davam a aparência industrial, o que me levou para o estilo industrial chic, que às vezes fica brutalista, dependendo da decoração. A partir disso saíram os tons de cinza e madeira pinus para complementar trazendo aconchego, contemporaneidade e naturalidade.”

CV: Com tantas janelas, como é para dormir em relação a iluminação natural constante em todos os ambientes do apartamento?

Antonio Armando de Araújo: “Não incomoda, pois tenho uma cortina de tecido que não fecha muito e uma persiana, que fecha um pouco mais. Além disso, estou acostumado à luminosidade devido a minha infância no Nordeste, com a casa cheia de luz do dia desde o raiar do sol.”

CV: Outro ponto que chama atenção no projeto é o closet. De onde surgiu a ideia de fazê-lo aberto? 

Antonio Armando de Araújo: “O closet foi inspirado nos closets nova-iorquinos e em lojas de boutiques, já que são todos abertos e sem portas. Quanto ao lance das lojinhas, pensei nas gavetas fininhas para expor as peças que eu mais curto usar. As lojas não deixam suas melhores peças, que fazem mais sucesso, de suas coleções mais visíveis? Também fiz isso, pensando em atrair as marcas de roupas. Assim, eu me aproximaria delas e traria um novo nicho de clientes a meu favor. Eu amo ter tudo visível.”

CV: E a rede do lado da cama? 

Antonio Armando de Araújo: “Dormi até os 12 anos de idade em uma rede na casa onde morava no interior do Piauí. Até mesmo no quarto onde tinham camas também havia rede, pois era mais agradável para dormir. Muitas delas lá eram colocadas na configuração do lado cama. Assim, quis trazer essa lembrança de infância, além do fato de que a rede foi um presente da minha irmã. Ela veio de Pedro II, Piauí, e foi feita por artesãos.”