Sou daqueles que realmente acredita que é possível conhecer uma pessoa observando sua casa. Não acho que isso é nenhum dom sobrenatural entender um pouco da personalidade da pessoa observando suas escolhas e vendo o que ela coloca para dentro de onde vive.

E quando digo escolhas imagino que você possa estar pensando: haaaaa mais eu já fui em casas que eu tenho certeza que os móveis e objetos que estão lá dentro não foram nem “pensados” com cuidado para estarem lá, simplesmente foram comprados e pronto. Ok, até isso é uma escolha. Até a não escolha dos móveis é uma escolha, entende?

O que eu quero dizer é que da mesma maneira que a forma como nos vestimos passa uma mensagem a maneira que moramos também passa, e seja ela uma mensagem mais introspectiva ou não é algo que nos traduz.

Enfim, digo isso pois a minha casa já passou por algumas fases. Já foi completamente branca salpicada de cores, já teve duas salas, já teve um Home Office assumido no meio da varanda e hoje tem uma grande brinquedoteca na varanda. O que isso significa? Em miúdos traduz um pouco como entendo hoje a minha casa: um lugar que prioritariamente é para ser vivido, com bagunça de criança, brinquedos pelo chão, tintas, almofadões espalhados para todos sentarem… e pouco para receber de maneira formal – minha mesa de centro quase não tem mais objetos, pois virou palco para as apresentações do Bento e móveis infantis substituiram cadeiras assinadas na varanda…

Bom, exatamente por essas mudanças que nós vivemos e consequentemente nossas casas vivem que eu fiquei muito nostálgica quando vi esse apartamento da arquiteta Teresa Sapey. Era exatamente assim que imaginava e gostaria que a minha casa fosse em 2009, no meu primeiro ano de casada. Hoje já tenho um gosto bem diferente, mas naquela época sonhava com quase 100% dos móveis que ela tem e era enlouquecida por esse estilo de apartamento.

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Fotos: Javi Bravo para a Houzz