Um Lar Que Abraça A Cibercultura
26 maio, 2015 |
Com cortinas funcionando como divisórias adaptáveis e móveis com rodinhas que se encaixam e deslocam pelo apartamento, o lar do arquiteto e designer Guto Requena pode ser constantemente customizado de acordo com sua necessidade, configurando ambientes mutáveis e interativos. Nascido da pesquisa de mestrado "Habitar Híbrido: Interatividade e Experiência na Era da Cibercultura", desenvolvida entre 2003 e 2007 no Nomads – Núcleo de Estudos de Habitares Interativos da Universidade de São Paulo – a residência funciona como um protótipo de moradia do futuro.
Inúmeros vazamentos, umidade e problemas elétricos foram apenas alguns dos elementos que precisaram ser reformados no imóvel de 80 m², construído nos anos 70 em um quarteirão próximo à Av. Paulista, em São Paulo. O orçamento reduzido levou a estratégias incomuns, como uma saladeira que virou cuba no lavabo e um tonel de gasolina que também virou cuba.
Sem cômodos com funções fixas, a nova planta se organiza em forma de um "U" ao redor de um cubo fechado por tecidos translúcidos. Nesse cubo, iluminado com LEDs coloridos controlados por sensores, ficam concentradas as áreas molhadas: banheiro, cozinha e lavanderia compacta. O espaço aberto que sobra pode ser transformado facilmente em loft, escritório, galeria, cozinha gourmet e até pista de dança, com móveis ajustáveis que se adequam às muitas necessidades da vida contemporânea.
Guto acredita em moradias com identidade e memória, por isso muitos dos objetos decorativos vieram de um baú de sua avó e seu bisavô. O designer inclusive batizou o projeto como Bohemian Cyborg, onde a reflexão sobre o impacto da cibercultura no dia a dia das pessoas originou um apartamento em que a flexibilidade é total e nada é permanente.
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