Jardim da Alameda – CASACOR São Paulo 2025
04 jun, 2025 | Mostras, De 100 a 200 m2, Cidade
Fotos: Renato Navarro / Divulgação
Paisagistas: Catê Poli e João Jadão
Área: 160m²
Local: CASACOR São Paulo
Entre os prédios históricos do Parque da Água Branca, na cidade de São Paulo, um novo espaço convida os visitantes a desacelerar e apreciar a natureza. Trata-se do Jardim da Alameda, projeto de paisagismo assinado pelos profissionais Catê Poli e João Jadão para a CASACOR São Paulo 2025. Com 160m², o ambiente é um jardim urbano temporário, pensado como praça de contemplação e respiro na rotina acelerada da cidade.
No Jardim da Alameda todos os elementos – vasos, floreiras, plantas e mobiliário – são desmontáveis e reaproveitáveis. É uma proposta alinhada ao compromisso com a sustentabilidade e com a ocupação responsável dos espaços urbanos.
Um espaço para todos
Diferente de projetos residenciais ou corporativos, o Jardim da Alameda foi desenvolvido para uso público e coletivo. Durante a CASACOR, qualquer visitante pode explorar esse espaço de maneira livre – desde famílias inteiras até visitantes solitários. A ideia é justamente proporcionar um ponto de pausa e convivência entre um café e um restaurante da mostra, em meio à movimentação dos visitantes.
Como o jardim é composto inteiramente por vasos e floreiras, ele pode ser remontado em qualquer outro local. Isso permite que o projeto continue existindo após o evento e atenda a outras funções e públicos.
Respeito ao patrimônio e conexão com a natureza
Implantar um espaço como esse em uma área tombada exigiu atenção aos detalhes. Não foi realizada nenhuma obra ou intervenção estrutural – o piso original foi mantido intacto, e todo o mobiliário é removível. Além disso, o jardim se integra à vegetação tropical existente do parque, o que reforça o vínculo com o entorno.
A escolha das espécies vegetais seguiu critérios de sustentabilidade e adaptação ao clima da cidade durante o outono e o inverno, período da mostra. O projeto evitou flores e priorizou o uso de plantas tropicais com folhagens volumosas e verdes – como Cambucá, Jabuticaba Sabará, Filodendro Ondulado e Areca Triandra.
Um projeto para sentir o presente
A história do nome “Jardim da Alameda” é uma metáfora poética que traduz bem o conceito por trás do projeto: um caminho arborizado que convida à permanência. Em vez de criar um ponto de passagem apressada, os autores propuseram um lugar de pausa. Isso se reflete também no mobiliário – poltronas e chaises confortáveis permitem que os visitantes sentem, descansem e se reconectem com a natureza e com o próprio tempo.
A iluminação sutil à noite, desenhada para valorizar texturas e sombras, transforma o espaço em um cenário quase mágico, que convida à contemplação. É um exemplo claro de como o paisagismo pode contribuir para o bem-estar coletivo e para a valorização dos espaços públicos.
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