Arte, memória e afeto em uma verdadeira galeria viva

05 set, 2025 | Casas, Acima de 200 m2, Cidade

Fotos: Bia Nauiack / Divulgação
Escritório: Estúdio Elmor
Área: 580m²
Localização: Curitiba, Paraná

Movida por sua paixão pela arte e pela cultura, Ana chamou o Estúdio Elmor para transformar seu próprio lar em uma galeria viva, onde memória, estética e afeto convivem em perfeita harmonia. Todas as obras e detalhes da casa foram escolhidos a dedo com muito cuidado e carinho, compondo uma coleção que, para além de revelarem sua trajetória, também criam o refúgio perfeito para viver com as filhas, abrindo a casa para múltiplas vivências e acolhendo com afeto a rotina familiar.

A reforma de interiores teve como objetivo principal trazer novas conexões entre os espaços, mas sem perder de vista a preservação de sua essência. Entre as principais demandas estavam a integração com o jardim, a valorização da luz natural e a criação de ambientes fluidos, pensados para receber pessoas e novas memórias.

“Ana desejava uma casa que acolhesse sua história e sua rotina afetiva, sem perder o espírito original da arquitetura modernista assinada por Oscar Mueller.”

A inspiração do projeto partiu da própria casa e de sua relação com a paisagem, em busca de uma arquitetura que escutasse a natureza e o tempo. Assim, a arte, o design brasileiro e a vegetação compõem a identidade do projeto e dão o tom certo à galeria viva.

Todos os elementos estruturais originais foram preservados: a cobertura ampla, a carpintaria e as esquadrias seguem presentes, mantendo vivas características do modernismo. A intervenção foi feita de forma sutil, priorizando a reorganização dos fluxos internos, a integração dos ambientes e a escolha de materiais que respeitam a linguagem existente.

“O maior desafio foi atualizar a funcionalidade dos espaços sem interferir na essência arquitetônica do projeto original. A solução foi optar por uma abordagem de intervenção silenciosa: reorganização de fluxos, integração de ambientes e uso criterioso de materiais, respeitando a paleta e os elementos existentes.”

Entre os materiais escolhidos, foram priorizados os que dialogassem com o espírito da casa: madeira natural, pedra, superfícies neutras e texturas que revelassem o tempo. A madeira engenheirada foi utilizada no pergolado, garantindo durabilidade e sustentabilidade.

Como galeria viva que é, a casa conta com peças de artistas como Tomie Ohtake, Vik Muniz, Martin Chambi, Poty Lazzarotto, entre muitos outros. Cada obra tem uma história, escolhida a dedo pela moradora. O mobiliário brasileiro assinado também ocupa lugar de destaque, tornando o espaço uma verdadeira curadoria de design e afeto.