Arquitetura clássica e décor contemporâneo em perfeita harmonia

23 set, 2025 | Casas, Acima de 200 m2, Cidade

Fotos: Denilson Machado, do MCA Estúdio / Divulgação
Escritório: Beta Arquitetura e Rodolfo Consoli Arquitetura
Área: 1.200m²
Localização: Jardim Guedala, São Paulo

Nesta casa ampla de 1.200m², a arquitetura clássica convive com o décor contemporâneo em perfeita harmonia. Assinado pelo escritório Beta Arquitetura em parceria com o arquiteto Rodolfo Consoli, o projeto de reforma contemplou também uma restauração completa pelas mãos de Simone Junqueira.

A estrutura original da casa foi mantida, incluindo a planta e o piso em tábuas corridas de madeira, hoje restaurados. Mas praticamente todos os ambientes internos e externos passaram por uma renovação que envolveu pintura, recuperação de metais originais em latão, marcenaria sob medida e uma curadoria minuciosa de móveis, objetos, luminárias e obras de arte.

O resultado é uma casa com ambientes funcionais e elegantes, pensados para receber amigos e familiares com muito conforto. Um dos destaques é o espaço ao redor da piscina, que ganhou duas grandes mesas de mármore verde sob medida, com capacidade para até 16 pessoas. Além delas, mesas complementares ampliam a versatilidade do espaço. Também na sala de jatar há um armário multifuncional em nogueira natural com frente ripado, pensado para abrigar adega, cervejeira, louça e taças.

“O móvel também funciona como buffet de apoio para refeições e encontros sociais, unindo praticidade e sofisticação.”

Já na proposta de decoração, o mobiliário contemporâneo e modernista cria contraste com o caráter clássico da arquitetura, formando cenas lindas nos ambientes. O conceito geral do projeto aposta em peças de design assinado, formas marcantes e tamanhos generosos, com paleta neutra e rica em texturas. Elementos pontuais em cores vibrantes garantem identidade ao interior, mas sem deixar de lado a atemporalidade do conjunto.

Nas paredes da sala de estar e do quarto de casal, por exemplo, foram aplicadas molduras de madeira diretamente sobre a superfície como releitura contemporânea das boiseries. Já os tetos e as sancas foram mantidos brancos, contribuindo para uma atmosfera leve e luminosa.

“Esse mix confere identidade, charme e autenticidade aos espaços, refletindo o estilo de vida e os gostos dos clientes.”

Entre as peças de design, encontramos logo no hall de entrada o espírito da casa: ali estão o banco Longo, por Zanini de Zanine, a luminária Multi-Lite, da dinamarquesa Gubi, e uma tela grande de Bruno Passos apoiada no piso. O garimpo também faz parte do projeto, com um porta-guarda-chuvas vintage em latão arrematado na Casa Téo.

A arte também ocupa lugar de destaque na casa. Destaque para obras de Yugo Mabe, Claudio Tozzi, Tomie Ohtake e Yutaka Toyota. Entre o design brasileiro, encontramos peças de Sergio Rodrigues, Bernardo Figueiredo, Leo Shetman e Hunter Douglas. Um dos grandes desafios do projeto, segundo os arquitetos, foi justamente o tamanho da casa e quais seriam as melhores decisões para preenchê-lo.

“Era muita coisa — só de cadeiras de jantar, por exemplo, são cerca de 50. Fizemos tudo por etapas, como o cliente preferia. Quando um lote de móveis chegava — às vezes com prazos bem longos — posicionávamos e, a partir disso, escolhíamos os complementos. Muitas vezes, testávamos no próprio local para ver o que funcionava melhor.”

A área externa da casa também abriga uma estrutura completa de lazer, com destaque para academia, salão de jogos, área de churrasqueira e jardim de inverno. Os espaços amplos, com pé-direito generoso e abundância de luz natural, reforçam o clima de refúgio urbano.

“Entre os pontos altos, destacaria a curadoria de mobiliário, com peças italianas e assinadas por grandes nomes do design, as proporções generosas e a vista surpreendente, que faz até esquecer que se está em São Paulo.”