
Fotos: Arquivo pessoal / Reprodução
No episódio de hoje do Em Casa, o Videocast do Casa de Valentina, a conversa se volta para um tema urgente e cada vez mais presente: o futuro do morar. A convidada é Andrea Bisker, future thinker e fundadora da Spark:Off, consultoria de inovação e análise de tendências, que há anos se dedica a conectar comportamento, consumo e transformações sociais. O ponto de partida do papo é amplo — dá para imaginar a casa do futuro hoje? — e vai muito além da tecnologia, avançando para questões de design, relações humanas, saúde social e pertencimento.
A trajetória de Andrea ajuda a entender a profundidade desse olhar. Seu sonho inicial era ser fonoaudióloga, mas o caminho a levou ao Marketing, cursado na ESPM, onde também se especializou em Ciência do Consumidor. Depois, ampliou ainda mais o repertório com uma formação complementar em Estratégias Disruptivas e Inovação Empresarial pela Universidade de Harvard. Antes de atuar com previsão e interpretação de tendências, passou pelo universo da moda e foi responsável por trazer a WGSN para o Brasil. Hoje, além de consultora, ela é investidora-anjo, conselheira de empresas, palestrante, professora em MBAs da ESPM e da PUC-RS e autora de um TED que propõe “conectar pontos para ampliar a nossa visão de futuro”.
Ao longo da conversa, temas como economia prateada, envelhecimento, autonomia e acessibilidade aparecem como desafios centrais para o desenho das casas e das cidades. Andrea reflete sobre o papel do design universal e questiona se a sociedade seguirá apenas “adaptando” a acessibilidade ou se, de fato, passará a projetar espaços mais inclusivos desde a origem. A discussão dialoga com o paradoxo contemporâneo entre tecnologia, longevidade e bem-estar, mostrando que inovação nem sempre significa mais automação, mas sim mais qualidade de vida e autonomia.
Outro eixo importante do episódio é a solidão. A partir da ideia de que vivemos o “século da solidão”, conceito explorado pela economista britânica Noreena Hertz, o videocast investiga como as cidades e as casas contribuíram para o isolamento e como a arquitetura pode atuar como ferramenta de reconexão. Surgem reflexões sobre famílias estendidas, amigos ocupando um lugar central no morar, e a necessidade de espaços que favoreçam encontros, comunidades e vínculos reais, especialmente no cenário pós-pandemia.
A conversa também atravessa desigualdades, tecnologia e estética. Andrea provoca ao falar sobre as origens de novas riquezas nas periferias, sobre os riscos de a tecnologia ampliar abismos sociais e sobre como essas insurgências podem influenciar o desenho das cidades formais e informais. Ao mesmo tempo, questiona o impacto dos algoritmos na padronização estética das casas e levanta a possibilidade de um movimento de retorno à autenticidade, à essência e às narrativas próprias, em contraponto ao consumo guiado por tendências homogêneas.
Mais do que prever cenários, a conversa convida a repensar o presente e a assumir responsabilidade sobre as casas que estamos construindo hoje e o impacto que elas terão nas gerações futuras. Se você ficou curioso, vale a pena conferir o bate papo completo no canal! Ele já está disponível.
Aperte o PLAY para assistir ao episódio do Em Casa completo!
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