Arquitetura: Andrés Gálvez, do escritório Gálvez & Márton Arquitetura
Interiores: Nildo José
Iluminação: Projeto Nicole Gomes / Luminárias Labluz
Paisagismo: Catê Poli / Spagnhol Plantas Ornamentais
Fotos: Re Freitas

Depois de muita espera, finalmente, o open house da minha casa nova! Quem me acompanha no Instagram sabe que passamos por alguns imprevistos, o que fez com que esse momento demorasse mais do que o planejado. Mas isso é assunto para outro post.

A escolha do terreno foi um processo cheio de mudanças. No começo, a ideia era construir uma casa térrea. Mas, depois de uma longa busca, encontramos um terreno de 250 m² em uma rua sem saída, super tranquila, mesmo estando perto de uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo. Era o lugar perfeito: perto da escola das crianças e do trabalho do meu marido.

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Projeto de Arquitetura: A Conexão Com a História da Família

Para transformar o terreno no nosso lar, conversei com vários arquitetos até encontrar Andrés Gálvez, do escritório Gálvez & Márton Arquitetura. No primeiro encontro, ele apenas observou o espaço. Já na segunda visita, pegou um lápis e desenhou um esboço da futura casa. Esse gesto me emocionou, pois me lembrou de como a casa de praia da minha avó foi criada, anos atrás, por Pepe Asbun — que, por coincidência, foi mentor do Andrés. Só descobrimos essa ligação mais tarde.

Interiores: Móveis de Família e Peças Garimpadas

O responsável pela decoração foi o arquiteto Nildo José, conhecido por projetos aconchegantes. Escolhi o Nildo não só pelos trabalhos premiados, mas também pela tranquilidade que ele transmite. E isso era fundamental para acalmar todas as expectativas envolvidas no projeto.

A casa é cheia de memórias afetivas. No living, por exemplo, usamos peças do meu acervo pessoal e muitos garimpos, como o sofá de vime vintage de Armando Cerello, uma cadeira reformada pela Casa Grim e o sofá Pitesti, da Century, em frente a uma tela da artista Verena Matzen. A mesa de centro Planalto, de Danilo Vale, e o bar Tangará, assinado por Luis Pons para a Vermeil, completam o ambiente. Temos ainda uma poltrona de Percival Lafer restaurada pela Bakos, tudo sobre tapetes da By Kamy e um kilim antigo garimpado.

Entre os itens mais especiais da casa está uma escultura de Demetre Chiparus, que passou pelas mãos da minha bisavó, da minha avó e agora é minha. Também temos uma tela de Gervane de Paula, artista de Mato Grosso, estado onde cresci.

Uma Casa Que Evolui

A casa tem escolhas muito pensadas para o dia a dia, mas também algumas decisões não tão funcionais. Um exemplo é o piso de tijolos em toda área social e na cozinha, que eu sabia desde o começo que seria menos prático, mas que escolhi mesmo assim, pois gosto da textura.

Construímos tudo do zero. Como muitos já me alertaram, a obra levou mais tempo do que o planejado e, no final, nos mudamos com a casa ainda em reforma.

Hoje, essa é a área social da casa onde moro. E sei que, quando tiver 60, ela terá ainda mais da minha história, das memórias que vamos criar e das transformações que ainda estão por vir. Em breve, publico a parte 2 e a parte 3.