Um lar é uma casa com vida. Um lugar para reunir os amigos, passar os aniversários, cultivar o jardim e criar memórias. É assim que a administradora Cecilia Andrade descreve o lugar onde mora ao lado do Beto, seu marido. E foi graças ao seu primo, que ela encontrou a sua morada atual, uma casa geminada na Vila Nova Conceição com cerca de 120 m² que costumava abrigar um escritório. “Eu tinha desistido de procurar um imóvel pelos preços que estava encontrando. Sem contar que a maioria deles tinha reformas mal feitas e outros problemas. Por isso, quando entrei aqui senti um click. A localização era ótima e pelo tamanho, cabia no bolso, mesmo contando com uma reforma”, revela. 

MESMO COM O LAYOUT COMPARTIMENTADO E SEM INFRAESTRUTURA RESIDENCIAL, CIÇA E BETO RESOLVERAM APOSTAR AS FICHAS NA CASA.  

Como o espaço era utilizado como um escritório, seria preciso alterá-lo consideravelmente. Para isso, os proprietários contaram com a ajuda dos arquitetos do Superlimão que, além de criarem um layout integrado tiveram a ideia de inverter a distribuição dos ambientes sociais e íntimos. Assim, o quarto do casal foi parar no andar de baixo. “Quem entra na casa já sobe a escada para a área de convívio, que ficou bem ampla”, explica Cecilia. O sobrado comprido e geminado precisava também de boas soluções de iluminação. Por isso, a sala de estar ganhou um janelão de vidro com vista para a copa das árvores que permite a entrada abundante de luz natural e ainda faz as vezes de um banco para acomodar as visitas. Para completar, foram instalados perfilados e spots que trazem ao projeto um toque industrial e muita flexibilidade – caso os proprietários decidam mudar os quadros ou móveis de lugar. 

já o projeto de decoração reaproveitou boa parte dos móveis que a Cecilia e o Beto já tinham. “O que veio depois foi aos poucos. Eu testei vários tapetes até decidir comprar o primeiro que tinha levado pra testar. Também fiquei de olho em uma promoção ou outra. Assim consegui bons preços em tudo o que comprei”, conta. Como o casal tem um lado muito prático, optaram por poucos móveis e objetos, cores suaves nas paredes e uma linguagem confortável – tudo isso para fugir de um visual muito vibrante e chamativo. “Também não acumulamos muitas peças pra evitar travar a circulação”, complementa. 

O projeto teve ótimas soluções, como a suíte do casal, que agora fica no térreo e conta com jardim de inverno entre o quarto e o banheiro. Eles são separados apenas por grandes portas de vidro que integram visualmente os três ambientes e trazem a natureza para dentro. Outra boa ideia – a preferida da Ciça – foi a criação do terraço na laje da casa: “Foi um investimento que valeu muito a pena, tanto pelo jardim que ganhei como por zerar problemas de infiltração do telhado antigo”, explica a moradora. O novo espaço ao ar livre se tornou o seu refúgio preferido, tanto que é para lá que ela vai assim que chega em casa. “Subo para checar as plantas e curtir a vista. Não mudaria nada, só tiraria os fios elétricos e postes da rua que acabam interferindo na paisagem”. Mas mesmo sem ter a vista perfeita, este lar é completo à sua maneira, cheio de vida e memória – do jeitinho que o casal queria. 

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Fotos: Julia Ribeiro