11 2015

Urbano, Mas Acolhedor

06 nov, 2015 |

Apesar de estar acostumado com ritmo da vida do campo, o proprietário deste apartamento 207 m², localizado no bairro Cidade Jardim, em São Paulo, tinha pressa em ver o seu lar urbano finalizado. Com as chaves do imóvel em mãos, procurou os arquitetos Heverton Silva e Eleonora Hildebrand, sócios do escritório Hildebrand Silva, para desenvolverem o projeto e iniciarem a obra de imediato. Seguindo a risca as vontades do morador, que queria um décor prático, simples e com toques modernos, os profissionais optaram por ousar na escolha dos acabamentos.

PAREDES, PORTAS E PISO GANHARAM ACABAMENTO EM CONCRETO.

A sala de estar ganhou um grande sofá que ligou o living ao home theater, reforçando a sensação de um único plano sem divisórias. Para minimizar a forte presença da televisão na área social, os profissionais criaram um volume solto que, além de abrigar os eletrônicos e armários, delimita o espaço da lareira. A marcenaria também aparece em painéis criados para disfarçar a presença das portas no ambiente – elas foram ampliadas até o forro, o que resultou em um visual mais minimalista e limpo. Esses painéis receberam pintura havana com efeito tipo concreto, assim como o restante das paredes e o piso do living. Já na área íntima do apê utilizou-se piso de madeira de demolição, que dá aos cômodos um clima aconchegante de fazenda, remetendo às raízes do morador.

Com a integração da varanda com a sala, um viga ficou aparente. Para resolver o dilema, os arquitetos criaram uma sanca iluminada que, além de disfarçar o elemento, delimita o espaço da sala de jantar. Fora isso, eles escolheram trabalhar com iluminação indireta, que valoriza a arquitetura e deixa os ambientes aconchegantes e convidativos. A varanda integrada também resultou em um living maior e, por isso, foi possível ampliar a suíte principal utilizando parte da metragem da sala. Para o décor do dormitório, optou-se pela madeira, o concreto e os detalhes em tons de azul, que conferiram a ela uma pegada bem masculina. O charme final ficou a cargo do baú, posicionado na ponta da cama, que já pertencia ao morador.