UM POUQUINHO DE HISTÓRIA

 

Já que hoje é dia de Copa do Mundo e o patriotismo começou a bater, nada mais justo do que contar um pouquinho da nossa história por aqui. Quem é apaixonado por design e arquitetura sabe que São Paulo abriga lindos e emblemáticos prédios, projetados por mestres da área, como Lina Bo Bardi e Ramos de Azevedo. Mas o que muitas vezes acaba passando batido, ofuscado pela grandiosidade desses monumentos, é o papel fundamental que o Liceu de Artes e Oficio de São Paulo teve, não só na história dessas construções, mas também na formação profissional de milhares de brasileiros.

 

 

Fundado em 1873, o Liceu se tornou referência como escola de ensino técnico profissionalizante, formando mão-de-obra especializada logo no início do período de industrialização da cidade.  Em 1890, o engenheiro e arquiteto Ramos de Azevedo assumiu a direção da instituição e a partir de então, os alunos do Liceu passaram a receber financeiramente pelas obras que produziam. Seus trabalhos em marcenaria, serralheria, gesso, desenho, entre outros, geraram reconhecimento e consolidaram a escola como referência nas artes e ofícios.

 

Alguns dos alunos e aprendizes que passaram por lá se tornaram importantes figuras da nossa história, como Victor Brecheret, Alberto Santos Dumont e Adoniran Barbosa. Pelas mãos dos aprendizes, São Paulo recebeu suas mais características obras, sem contar que o Liceu também se tornou o principal realizador do estilo Art Nouveau na arquitetura paulista. 

 

Quer saber onde você pode encontrar as marcas de tanta história? Começe por um passeio pela Pinacoteca do Estado, com ornamentos moldados pelos aprendizes do Liceu. O lustre de cair o queixo no saguão do Theatro Municipal de São Paulo também foi produzido nas oficinas da escola. As esquadrias da Estação Júlio Prestes e do Masp, os portais em madeira da Catedral de São Paulo e os moldes dos monumentos às Bandeiras e Duque de Caxias – esses são alguns dos frutos do Liceu de Artes e Ofícios.

 

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