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Sempre saio diferente depois de escrever um Open House, ou fico inspirada a fazer algo em casa, ou aprendo sobre algum artista, conheço uma nova loja… Mas este Open House para mim foi realmente diferente. Saí querendo voltar a me apaixonar pela minha própria casa. Sério, a Juliana tem uma ligação tão forte com o apartamento dela e do marido, é um espaço tão deles, que eu fiquei com vontade de voltar a sentir o mesmo na minha própria casa rssss

Tanto é que, diferentemente de diversos dos outros posts desta seção, vou dar aqui mais voz para a própria Juliana (ou Julie, como costumam chamá-la). Ela que vai contar sobre este apê, acho que esta é a melhor forma de transmitir a paixão que tem pelo apartamento de 160m² que fica no bairro dos Jardins aqui em São Paulo. Mas antes uma breve apresentação…

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A Juliana é sócia da Gabi Lorenzetti (o Open House da Gabi já fiz AQUI) na Cosi Home e esta é a 7 casa dela. Ela já morou em 3 casas em Milão, morou um tempo sozinha em um apê neste mesmo prédio em São Paulo e depois morou em 2 casas em Honduras, até voltar a morar em SP na casa dos pais. Saiu de lá, pela segunda vez, assim que se casou, há 3 anos.

Neste Open House, farei então uma espécie de bate bola com a Julie. Vamos lá!

Eu: Me conta de onde vem essa liberdade, essa falta de regras, no seu apê?

Julie: Quando morei em Milão, trabalhei com uma estilista que não tinha regras na decor do escritório. Pegávamos peças de design e pintavamos de pink, faziamos ilustrações na parede, tinhamos cortinas gigantes de veludo com móveis do Jaime Hayon. Era uma explosão de cores, texturas e contrastes que dava gosto de ver e viver! Fui juntando tudo isso na cartola, comprando coisinhas em cada canto que passava e quando cada cantinho do apartamento precisava ser definido, nasciam as ideias e me jogava nelas.

Quando estávamos escolhendo onde morar, me apaixonei pela área do ofurô e a varanda e pensei: quero fugir de todos os padrões da construtora, vou enfiar uma tv no meio da sala para que ela possa ser vista  de todos os cantos. Fui contra todos, pois todos os pontos da tv já estavam padronizados e o quebra quebra só ia aumentar. Foi ali que tudo começou: o “Cabaretzinho”. Apelido que o apê ganhou depois que inventei o tubo giratório da TV e falaram que ia parecer um pole dance, um cabaret, e assim ficou até hoje.

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Eu: Tem algum lugar do mundo que te tocou e que vc quiz reproduzir no apê?

Julie: Fui no Sketch, em Londres, há muitos anos atrás e aquela mistura insana, os banheiros em forma de ovo me enlouqueciam… Arquivei tudo no coração e na cabeça! Em Miami, o Mondrian com sua decor branca impecável e exagerada me enchiam os olhos também. Um ano antes de casar conheci o Hotel Ushuaia em Ibiza e foi de parar o coração: formigas por todas partes, sapos de coroa, pintinho com olhos vermelhos, me encontrei ali e comprei as miniaturas de tudo… E nem tinha sido pedida em casamento ainda (mas o enxoval de apetrechos já estavam prontinhos). Enfim, nem sei qual seria o estilo desses lugares, fun & cool talvez? Só sei que eu ficava maluquinha com todos esses lugares e acabei levando esse feelling para o cabaretzinho!

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Eu: Acompanho no Snap que vc sempre prepara a casa nos finais de semana né? Vc faz muita balada?

Julie: Eu e meu marido somos movidos a música! Passamos nossa lua de mel em Ibiza pra você ter noção! O Flavio já tocava como hobby desde antes de nos conhecermos mas deixava o equipamento abandonado… Esse ano ele comprou um mega equipamento e pediu para ter um móvel só para o equipamento. Desenhei junto com ele e o marceneiro o móvel atual e posicionei na frente do tapete, que hoje chamo de “pixta”! O line up sempre começa com um tropical house, e acaba em future house! Não rolam muitas baladinhas com galera.. É algo pra nós 2 mesmos: enquanto eu cozinho, ele toca minhas favoritas, aí eu vou lá na pista, danço, volto para o fogão… Sempre falo que não tem David Guetta, Avicci ou Hardwell, meu DJ favorito é meu cabecinha (assim que chamo ele).  As vezes depois das baladas, quando estamos empolgados, chamamos os mais íntimos para um after. Mas como eu faço ballet nesse tapete, e deito muito nele, a primeira regra é: sem sapatos na pista! Aí é bom porque quebra o gelo, todo mundo fica mais a vontade e se joga na pista!

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Eu: Me fala desse ofurô!!! Achei a ideia ótima.

Julie: O ofurô na verdade é uma jacuzzi revestida como se fosse um ofurô…Usamos muito a jacuzzi e a sauna! É a casadinha perfeita pra quando queremos ficar na nossa bolha e desconectar do mundo! No verão usamos mais como piscininha de dia, e no inverno à noite pra dar uma esquentada geral na casa. Como é pequeninho (sauna e jacuzzi) não chamamos ninguém pra esse momento, é algo só pra nós dois mesmo… Somos uma bolha eterna! 

Eu: Me fala tudo da sua varanda!

Julie: A varanda foi uma guerra também! Eu queria porque queria um espaço gourmet ali, queria poder cozinhar me bronzeando! O arquiteto que me ajudou com a planta, o Camila Baiardi,  brincava que eu queria fazer um parque temático. Usamos muito a varanda, fico ansiosa para o fim de semana e quando chove fico arrasada. Sábado de sol pulo da cama e grito: vamos aproveitar o dia cabecinha! Abro a casa toda, coloco o som nas alturas , nos bronzeamos, ele cuida das plantas, eu cozinho, ou ele faz churrasco… É tipo nosso clube! No começo da vida de casados, fazíamos muitos encontrinhos com os amigos, mas agora os finais de semanas livre de eventos são tão poucos que fiquei egoista, e só quero ficar na bolha!  

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Eu: se tivesse que escolher 2 objetos, quais seriam?

Julie: o primeiro seria a Formigona, pois quando fui no Ushuaia, consegui a miniatura de todos os bichinhos, menos a dela. E fiquei arrasada… Quando meus pais foram pra Ibiza (eles também amam música e o Ushuaia), conseguiram comprar a formiga gigante! Minha mãe que é toda expert em embalar muito bem as coisas, pegou aquela formiga de ferro, caçou uma mala só pra ela e ficou uma noite inteirinha embalando ela pra não sofrer nenhum arranhão durante a viagem! 

A segunda seria a poltrona Magis Proust. No ano que estava noiva, estávamos no camarote da Claudia Leitte em Salvador e tinham várias poltronas daquela na cor laranja! Fiquei encantada e doida para saber de onde era. Esperei o trio passar na frente do camarote e quando todos foram pra fora ver a folia, me enfiei debaixo dela, e consegui tirar uma foto para ver de onde era! 

Eu: onde esta o seu DNA no apê?

Julie: cada objeto, revestimento, acabamento tem uma história. Os caixotes que eu e minha sogra catamos em feiras do Rio e SP, a bancada que veio com a cor errada e eu chorava de raiva porque ia atrasar tudo, as cadeiras da sala de jantar que eram do apartamento antigo do meu marido e eu reformei todas com 3 tecidos diferentes, o quadro da Rainha What If do Henrique Steyer que teve uma negociação de 6 meses diretamente com ele… O DNA está nas texturas, cores, estampas, e misturas mais inusitadas! Fui juntando tudo no liquidificador e no final ficou harmônico pra gente!

“Talvez esteja tudo errado segunda as regras da decoração mas o importante é que eu e meu marido amamos nosso cabaretzinho, montamos tudo juntos e é a bolha nossa de cada dia que nos deixa mais unidos e felizes!”

Julie, só posso te dizer uma coisa, errada é a casa sem vida e com cara de showroom rssss Seu apê é uma delícia!!!! Me fez querer voltar a curtir o meu com toda essa paixão.

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Julia Ribeiro