Estúdio Multiuso

26 maio, 2015 |

Versatilidade. Palavra que resume um dos principais requisitos de um bom estúdio de fotografia. Afinal, se em certo dia o objeto a ser fotografado é um anel, no outro pode ser um caminhão, ou quem sabe um barco pequeno. Já que é impossível prever quem serão os próximos clientes, o ideal é construir um espaço flexível, que permita adaptações diárias. O projeto idealizado pelos arquitetos Beto Faria e Jacqueline Rodovalho em São Paulo atende a todas essas exigências de uma maneira prática, porém sem deixar de lado o valor estético.

O primeiro elemento a ser definido foi o pé-direito, com generosos 7 metros de altura, o que acabou pautando a arquitetura limpa do conjunto. Na parte interna do estúdio, praticamente sem nenhuma divisória, poucos móveis, apenas o essencial. O ambiente precisou ser o mais neutro possível, já que qualquer peça que tenha uma superfície polida acaba refletindo tudo à sua volta, e isso prejudicaria muito o trabalho dos fotógrafos.

Nas paredes e no piso, foi usado o acabamento de cimento cru, que não compromete a luminosidade natural e funciona como uma base sóbria. Instalada nos fundos do terreno, uma estrutura totalmente branca simula um "fundo infinito". A parte central da planta fica livre, com apenas alguns móveis de apoio, enquanto as laterais são ocupadas por dois corredores estreitos que abrigam a parte administrativa e a cozinha. Com 6 metros de pé-direito, o banheiro ganhou um rasgo fechado por vidro que permite a entrada da luz do sol poente, trazendo um toque poético ao projeto.r
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