03 2016

Decoração Criativa No Apartamento Alugado

02 mar, 2016 |

Localizado em um charmoso edifício da década de 80 no coração da Savassi, Belo Horizonte, esse loft precisou passar por alguns ajustes antes de dar boas-vindas aos novos inquilinos. A responsável pela renovação foi a arquiteta Marina Dubal que teve o cuidado de evitar investimentos altos demais e peças sob medida, pois o imóvel é alugado e servirá de lar temporário para os seus clientes.    

A COR PRETA FOI UTILIZADA PARA DESTACAR TRAÇOS ARQUITETÔNICOS CARACTERÍSTICOS DA ÉPOCA, COMO A ESCADA METÁLICA, ESQUADRIAS E MARCOS DA PORTA. 

O Imóvel tem 80m2 e se desenvolve em dois pavimentos. No primeiro estão a cozinha, área de serviço, lavabo, sala de estar e jantar, enquanto o segundo acomoda um pequeno estar íntimo, transformado em escritório, com acesso ao banheiro e quartos. Para o projeto, a arquiteta decidiu privilegiar a integração, a começar pela ligação da cozinha americana com os ambientes sociais, que ganhou uma bancada voltada para sala onde os moradores podem fazer rápidas refeições. Ela também serve de apoio para equipamentos de som e vídeo, em conjunto com uma prateleira inferior que embute equipamentos e esconde os fios. Como o proprietário já havia pintado o teto em um tom de cinza concreto, a cor foi apenas estendida para o restante do cômodo, com exceção da parede cega ao lado da televisão que recebeu papel de parede com textura “pie de poule” cinza e azul claro. 

Para esconder o piso  manchado, a profissional propôs a criação de um tapete em placas com paginação xadrez, que delimita a área dos ambientes principais – estar e jantar. Além de disfarçar as imperfeições, o carpete trouxe aconchego e melhorou a acústica na área social. Subindo as escadas está o escritório, com mesa cavalete encostada no peitoril baixo garantindo uma boa circulação. Logo ao lado está o compacto dormitório que foi pensado para transmitir sensação de aconchego e imprimir traços da personalidade dos moradores. Um papel de parede listrado foi instalado na horizontal, e passou a exercer a função de cabeceira. O bauzinho lateral – herança de família – foi usado como criado-mudo, dando apoio para o abajur. O que restou das placas do carpete da sala foi transformado em passadeira no quarto, garantindo suavidade e conforto no ambiente de descanso. Ao pé da cama, a colcha antiga dá vida à composição, mostrando que muitas peças podem passar de geração em geração sem perder o seu charme. 

Fotos: Henrique Queiroga

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Fotos: Henrique Queiroga