Ao Trabalho! | Sérgio Prandini

19 set, 2014 |

 

Hoje colocamos em prática uma ideia bacanérrima que tive há um bom tempo: mostrar um pouquinho do dia a dia de grandes profissionais da área de publicidade e, de quebra, apresentar para vocês os ambientes de trabalho mais criativos do meio!

 

Assim, nasce a seção Ao Trabalho! Para começar com o pé direito, fomos espiar o escritório de um publicitário e tanto: Sérgio Prandini, Sócio e VP de Atendimento da agência LP Comunicação.

 

 

A trajetória de Prandini começou em 1987: “Eu estava no primeiro ano da faculdade e fui fazer um estágio na agência Lage, Stabel & Magy/BBDO, uma das primeiras grandes multinacionais que a gente teve na história da propaganda. Foi uma super escola pra mim!”, conta. Depois de passar pelo Bradesco, Almap, Pão de Açúcar e Talent, assumiu a direção geral da operação Casas Bahia na Young & Rubicam.

 

No final de 2004, depois de quase 5 anos na Y&R, veio a vontade de empreender: “Quis ter uma agência e resolvi sair. Foi quando o Roberto [Justus] me convidou para montá-la dentro do próprio Grupo Newcomm. Fomos sócios por quatro anos. Em 2010, ele acabou saindo e a gente comprou a parte dele. Hoje, a LP é uma das poucas agências independentes que sobraram enfrentando esse mundo louco!”, relembra.

 

 

Muitas mudanças ocorreram desde o início da LP, em relação a estruturação e, como consequência, a própria ocupação do espaço. De uma hora para outra, a empresa foi de 30 para 150 funcionários, sem a preocupação de olhar para o ambiente físico de uma maneira planejada. Atualmente, o cenário é outro: “De 2010 para cá fizemos o caminho inverso. Buscamos chegar num formato de médio porte e estamos hoje com 50, 60 pessoas na casa”, comenta.

 

Para Prandini, a conectividade entre as pessoas deve acontecer o tempo inteiro no ambiente de agência, por isso seu escritório pessoal é quase como uma extensão do restante do espaço. Separado apenas por uma grande porta de vidro, que permite a integração total dos ambientes, a sala conta com o essencial, tanto para os momentos particulares de reuniões, quanto para a colaboração com o restante da equipe.

 

SOMOS UM ESCRITÓRIO DE HOMENS, MUITO VOLTADO A FUNCIONALIDADE, E ÀS VEZES ACHO QUE FALTA UMA MÃO FEMININA, EM UM DETALHE OU ADORNO.

 

 

Prandini tinha o sonho de ser arquiteto e chegou a prestar arquitetura antes de entrar na faculdade de marketing, mas apesar de gostar de decoração, confessa que deixa esse seu lado aflorar em casa, em seu home office e em seu estúdio, onde passa o tempo tocando bateria com os amigos músicos. “Na agência acabo não colocando isso tanto em prática. Na verdade, eu já tive uma sala que foi cheia de penduricalhos! Tinha um monte de medalha, troféu, foto, painel… Agora estou em um processo de enxugar e deixar a coisa um pouco mais da agência do que minha”, explica.

 

Apesar disso, seu escritório reúne alguns objetos de valor sentimental e peças trazidas de viagem. O elefante, que tem lugar privilegiado na estante do fundo, veio da África, enquanto o sino é original da Tailândia. Já a estante em frente à mesa reserva lugar especial para a coleção de Toy Art dos filhos, além de uma máquina de escrever antiga que ganhou de presente e um tambor que sobrou de uma bateria da sua infância. “São essas pequenas coisas que dão o meu toque. Temos que estimular a criatividade, então o que eu aprendi é que quanto menos influência visual você têm no ambiente, menos você rotula ou pré-direciona o pensamento de quem está trabalhando”, revela.

 

 

Além de sua sala, o publicitário também tem uma posição junto da sua equipe, onde passa a maior parte do tempo: “Aquele cantinho ali, com aquele laptop, sou eu! Na verdade eu estou quase migrando para deixar de ter a minha sala e ficar junto deles, transformando o meu escritório em um espaço comum. Não tem mais sentido esse modelo tradicional, de estar dentro de uma redoma, separado… Não rola mais”, finaliza.

 

E aí, curtiu o nosso primeiro Ao Trabalho!? Então corre para espiar mais um pouquinho na nossa galeria abaixo:

 

 

Fotos: Julia Herman