Com o passar dos anos aprendi que não são as recepções mais corretas que são as melhores e mais interessantes, mas sim as festas, almoços e jantares feitos por anfitriões que despejam doses homéricas de seu estilo e sua personalidade nos mínimos detalhes.
Não são os arranjos mais fartos ou mais estruturados (mesmo pq eu sempre preferi os desestruturados rssss) que me chamam a atenção, mas sim o motivo pelo qual houve aquela escolha de tons e espécies, em quais vasos os arranjos foram feitos e qual a relação do florista com aquela história.
Bom, e pelo visto eu não sou uma caminhante solitária nessa opinião, estou muito bem acompanhada pelo alegre Antonio Neves da Rocha, que assina as mais animadas, coloridas e diferentes festas cariocas.
No livro As Mesas do Rio ele faz um compilado de mesas hiper diferentes assinadas por ele e mais diversas outras assinadas por convidados cariocas. Para quem gosta de mesas fora do padrão e pouco óbvias vale MUITO a leitura.
Fiz aqui um compilado das mesas que eu mais amei e vou contar um pouco de cada uma delas também.
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Esta mesa aqui o foi feita com a coleção de cisnes de prata que o Antonio colecionou durante anos. São peças assinadas pelo português Luiz Ferreira, objetos super tradicionais de uma marca que nasceu em 1910. Além de muito diferente, o cenário é mesmo algo surreal, ao fundo o palácio do Itamaraty com seu lago com cisnes reais. Melhor impossível hein…
“Sem dúvida uma das minhas preferidas! A coleção de caixas em laca preta e ouro em chimoiserie, século XIX, compões o centro da mesa fazendo desnecessário o uso de flores.
Talheres em prata portuguesa do século XVIII, e peças de marfim e cristal Mozart, Tchecoslováquia, harmonizam perfeitamente com a paleta de cor. Ao fundo, amarrando todas as referências, um armário chinês da mesma origem das caixas. Magia pura!”
A anfitriã adora e respira arte, então ela resolveu montar uma mesa que homenageia vários artistas (Beatriz Milhazes, Ângelo Venosa, Vik Muniz, Cildo Meireles, Jeff Koons, Ai Weiwei, Gabriela Machado, Yayoi Kusama, Paulo Nazareth e Murakami). Em cada um dos lugares ela usou como jogo americano um livro do artista e sobre eles pratos e objetos assinados pelos mesmos.
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Gosto muito deste livro !!
Eu tb adoro! Já tirei algumas ideia dele para colocar na pratica rssss Bjs