O Ao Trabalho de hoje vai ser um pouquinho diferente. Ao invés de mostrar para vocês um escritório bacana de um Manda-Chuva do mundo publicitário iremos apresentar um novo conceito empresarial que vem ganhando novos adeptos a cada dia, no Brasil e pelo mundo afora: o coworking.

 

Para isso, decidimos beber direto da fonte e conhecer de pertinho o Lab 48, escritório de coworking superdescolado que acaba de inaugurar a sua segunda unidade em São Paulo. Ainda não está familiarizado com o termo? O Renato Salgueiro, um dos quatro sócios do Lab, te explica com detalhes: “A ideia é criar um ambiente corporativo compartilhado, com infraestrutura grande e com bastante relação de networking, principalmente. Não é simplesmente um espaço de trabalho mais barato, e sim a possibilidade de você conviver com outras empresas, que acaba gerando novos negócios”.

 

 

Localizado no segundo andar de um prédio comercial em plena Avenida Paulista, o ambiente de 380 m² está longe de parecer um escritório tradicional. Logo ao entrar, somos apresentados ao conceito pela própria arquitetura e pela forma como o espaço foi ocupado. Materiais translúcidos e quase nenhuma barreira física deixam claro que todas as empresas alocadas nas diversas mesas coexistem em harmonia. “É um verdadeiro ecossistema”, como lembra a sócia Vanessa Destro, que complementa: “A gente sempre tenta trazer empresas de diversas áreas para que essa interação seja ainda mais rica”.

A ECONOMIA COLABORATIVA E A QUEBRA DA HIERARQUIZAÇÃO SÃO MACROTENDÊNCIAS.

A história do Lab 48 nasceu há cerca de dois anos e, como toda grande ideia, aconteceu meio ao acaso.  O Renato é dono de uma agência de Marketing e estava precisando expandir e personalizar a estrutura do seu empreendimento. Em uma conversa com seu irmão, Danilo Salgueiro – o terceiro sócio do Lab – descobriu o coworking e se interessou: “Pra mim fazia todo sentido. A agência precisava crescer e, ao invés de gastar dinheiro com um novo escritório, fizemos dois negócios em um”. Com a ideia implantada, era hora de maturá-la com muita pesquisa e um business plan conciso, por isso essa fase durou mais de um ano. “Encontramos um lugar na Rua Cubatão, reformamos e inauguramos o primeiro Lab ali. Começamos aos poucos, mas logo deu certo. Aí tivemos a oportunidade de abrir a segunda unidade deste outro lado da Paulista, mas a nossa ideia é ter uma rede”, explica a sócia Nadia Yunes.

 

 

A localização do segundo Lab 48 foi muito bem estudada. A Paulista, com sua atmosfera cosmopolita, era a opção mais lógica: “Aqui tem muitos escritórios, é perto do metrô, estacionamento e o prédio tem segurança 24h”, explica Vanessa. Em apenas um mês de atuação, a unidade conta com cinco empresas, enquanto a primeira acomoda cerca de 20. “A gente consegue atender desde uma empresa muito pequena, que tem um funcionário e que está começando, até as maiores que precisam de um espaço grande”, complementa.  Como todas as mesas são coletivas, as pessoas podem se sentar onde quiserem ou escolher um lugar fixo para o seu negócio. “Hoje em dia já não tem mais aquela necessidade do chefe ficar na salona separado da equipe. Aqui todo mundo fica na mesma mesa, o que facilita muito a rotina de trabalho”, comenta Nadia.  

 

 

Quem assina o projeto da nova unidade é o arquiteto Guile Amadeu, do escritório Coletivo de Arquitetos – que acabou trocando o seu antigo espaço de trabalho por uma mesa no Lab! A primeira grande modificação foi em relação ao aproveitamento máximo da luz natural. “Trabalhar com mesas paralelas à fachada principal de luz era mais interessante. Então, a gente rotacionou todas elas”. A partir daí, começaram a incorporar nos ambientes características próprias de um coworking: “Aumentamos o espaço da copa e vimos a necessidade de ter um lugar de descompressão. Um dos livros que a gente leu durante o processo, o Felicidade S.A., questionava essa máxima de que da porta para dentro do escritório existe uma dinâmica de pressão, de resultado, que acaba trazendo algo negativo para o dia a dia. A gente entendeu que a arquitetura poderia diluir um pouco isso, através de um open space que pudesse trazer um pouco mais de criatividade”, explica.

 

 

Soluções criativas de decoração estão por toda parte, como o móvel de pallets reaproveitados e as estantes feitas de escadas e prateleiras. “A gente tinha um orçamento para obedecer, mas além da economia de meios financeiros, também repensamos as funções dos materiais”, comenta Guile. O lounge, por exemplo, conta com uma cortina de PVC – daquelas usadas em frigoríficos – que delimita a sala sem fechá-la, aumentando a fluidez e tornando-a muito mais convidativa. Os móveis e objetos decorativos são ecléticos e acabam criando um visual neutro, que não interfere nos diversos processos criativos que borbulham dentro do escritório. Aliás, as empresas têm autorização para personalizar o seu local de trabalho com detalhes pessoais, “pra que elas se sintam mais em casa”, como lembra Vanessa.  Demais, né?!

 

 

Se você também se encantou com a ideia de trabalhar em um espaço compartilhado e mega descolado, então é hora de aproveitar, porque o Lab 48 está oferecendo para os leitores do Casa de Valentina 25% de desconto no primeiro mês para qualquer plano! Eles oferecem opções para todos os tamanhos de empresa, bolsos e necessidades: planos mensais, de horas, individuais, aluguel de salas de reunião e até mesmo escritório virtual. Vale conferir os detalhes no site ;)

 

Espie mais um pouquinho do Lab 48 na galeria abaixo:

 

Fotos: Julia Herman